Cavalo é morto durante abordagem da PM no ES

Um cavalo morreu e o dono dele, de 32 anos, foi preso por desacato durante uma abordagem da Polícia Militar na noite de quarta-feira (27), em Cariacica Sede. O caso ocorreu depois de uma denúncia de som alto e provocou indignação entre moradores e proprietários de cavalos.

Vídeos que circulam nas redes mostram parte da ação. Nas imagens, o homem aparece montado no animal enquanto discute com policiais. Em determinado momento, uma agente lança spray de pimenta contra ele. Logo depois, é possível ouvir um disparo. A voz de quem grava afirma: “Olha o que você está fazendo… você está atirando no meu cavalo”.

Antes do tiro, a gravação mostra uma mulher sendo revistada próxima a uma caminhonete. Em seguida, a discussão entre o cavaleiro e a policial se intensifica. Outras filmagens feitas por moradores registraram a confusão que se seguiu e o desespero após o cavalo, chamado “Famoso”, ser baleado.

De acordo com a esposa do homem preso, a abordagem teria começado por causa do som de um carro. Ela afirmou que o volume não estava alto e que a policial se exaltou durante a ação. “Meu marido começou a falar com ela que não precisava disso, aí ela foi para cima do cavalo”, relatou a mulher, que preferiu não se identificar.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Tudo do Espirito Santo (@tudodoespiritosanto)

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Regional Cariacica, ES (@regional.cariacica.es)

O que diz a Polícia Militar

Em nota, a Polícia Militar informou que “tem pleno conhecimento do fato relatado e assegura que todas as medidas necessárias serão adotadas para garantir uma apuração rigorosa, imparcial e responsável da conduta da policial militar envolvida”.

O boletim de ocorrência registra que a equipe foi acionada para verificar som alto e encontrou pessoas em veículos e a cavalo. Durante a abordagem, uma caminhonete foi parada e a motorista apresentava sinais de embriaguez.

Ainda segundo o documento, o cavaleiro filmava a ação, não respeitou o perímetro de segurança, apresentava sinais de embriaguez e chegou a usar um pedaço de madeira para intimidar os militares.