Dia a dia
Casal é preso por golpe de R$ 60 mil com foto de menina do ES
Criminosos usaram imagem de Yara Rohsner, que lutava contra câncer raro, para arrecadar dinheiro de forma ilegal na internet

Yara Rohsner, menina capixaba que ficou conhecida durante o tratamento contra um câncer raro. Yara morreu em janeiro deste ano. Foto: Reprodução/Instagram
Um casal foi preso em Brasília após criar vaquinhas online falsas usando a imagem de Yara Rohsner, menina capixaba que ficou conhecida nacionalmente durante o tratamento contra um câncer raro. Yara morreu em janeiro deste ano nos Estados Unidos. A prisão foi realizada na última sexta-feira (13) pela Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), com apoio da Polícia Civil do Distrito Federal.
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Segundo as investigações da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), os criminosos arrecadaram cerca de R$ 60 mil ao se passarem por familiares da criança. A fraude foi descoberta em maio do ano passado, quando a mãe de Yara percebeu a campanha falsa nas redes sociais.
Golpe usava imagens de crianças doentes
De acordo com o delegado Brenno Andrade, o casal confessou o crime e revelou que essa não foi a única vez. Eles admitiram ter criado ao menos sete campanhas falsas, todas envolvendo imagens de crianças com graves problemas de saúde. Segundo o delegado, os criminosos chegaram a bloquear as páginas oficiais das famílias das vítimas para dificultar a identificação da fraude.
O casal também informou que começou a aplicar os golpes em 2022. Um dos suspeitos disse trabalhar como empresário e dono de uma lanchonete. A mulher afirmou ser cuidadora de idosos.

Casal é preso por criar vaquinha falsa com foto de criança capixaba. Foto: Divulgação
Criminosos mantinham computador com material do golpe
Durante o cumprimento dos mandados, a polícia encontrou um computador ligado com uma conta de e-mail vinculada ao perfil falso. Para tentar despistar, os golpistas mudaram o nome da criança para “Helena”, com o título “Helena livre do câncer”, mas mantiveram a foto de Yara.
Além das prisões, a Justiça determinou o bloqueio das contas bancárias dos envolvidos. A polícia também apura o total arrecadado com as fraudes e busca identificar outras vítimas. Um terceiro integrante do esquema, responsável por ceder a conta bancária usada nos golpes, ainda está foragido.
Penas podem chegar a oito anos de prisão
O casal vai responder por associação criminosa e estelionato por meio de fraude eletrônica, com penas que podem chegar a oito anos de prisão. A polícia reforça o alerta para que a população verifique sempre a autenticidade das campanhas de arrecadação online antes de fazer qualquer doação.
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