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Dia a dia

Caminhada em Vitória chama atenção para a epilepsia

A caminhada pela epilepsia terá saída na Prefeitura de Vitória e termina na Assembleia Legislativa

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No cenário da conscientização sobre a epilepsia, doença neurológica caracterizada por convulsões recorrentes e outros sintomas, o mês de março é celebrado globalmente como o “mês roxo”. Neste período, indivíduos em todo o mundo se unem para promover a sensibilização e impulsionar a luta pelos direitos à inclusão social, profissional e econômica das pessoas afetadas pela epilepsia.

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Como parte das atividades programadas, em Vitória, neste domingo, dia 24 de março, às 9 horas, está marcada uma caminhada pela Epilepsia. O trajeto está planejado para iniciar na Prefeitura de Vitória e seguir até a Assembleia Legislativa. A iniciativa, liderada por Jacqueline Barros, embaixadora da Associação Brasileira de Epilepsia (ABE) no Espírito Santo, sugere que os participantes vistam peças de roupa em tons de roxo, em apoio à cor da campanha.

De acordo com Jacqueline, a rota da caminhada deste ano carrega um duplo propósito. “Primeiramente, queremos trazer atenção à causa da epilepsia, cujo dia mundial é celebrado em 26 de março. Além do Espírito Santo, outros estados também participarão da caminhada. Em São Paulo, por exemplo, a Avenida Paulista promete ser tomada pela cor roxa. E o segundo motivo da escolha desse itinerário é expressar nossa gratidão aos vereadores da capital pela aprovação do Projeto de Lei e enfatizar ao Prefeito a importância da sua sanção, indo à Assembleia para disseminar essa informação entre os deputados estaduais”, explica.

Projeto Aprovado

Em 28 de fevereiro, a Câmara Municipal de Vitória aprovou por unanimidade o Projeto de Lei 102/2023, proposto pelo Vereador Leandro Piquet. O Projeto de Lei, aguardando sanção do Prefeito Pazolini, visa direcionar as políticas públicas do município para a causa da epilepsia. Além disso, institui o dia 26 de março como o Dia da Conscientização da Epilepsia no Espírito Santo.

“Este é apenas o começo de um trabalho extenso que ainda precisa ser realizado, e com este apoio que acabamos de obter, não tenho dúvidas de que conseguiremos avançar de forma progressiva para garantir todos os direitos que as pessoas com epilepsia têm e merecem para uma vida com autonomia e qualidade. Educação, tratamento adequado, acessibilidade e, principalmente, a redução do preconceito e estigma associados a essa doença há tantos anos”, afirma emocionada Jacqueline Barros.

Saiba mais

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 5 milhões de pessoas sejam diagnosticadas com epilepsia a cada ano em todo o mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde identifica cerca de 2% da população afetada pelo problema, o que representa aproximadamente 2 milhões de brasileiros.

Dados da OMS indicam que em países de alta renda, cerca de 49 em cada 100 mil pessoas são diagnosticadas com epilepsia anualmente. Em economias de baixa e média renda, esse número pode chegar a 139 em cada 100 mil.

A OMS avalia que a maior incidência da epilepsia se deve ao risco de doenças endêmicas, como malária ou neurocisticercose, maior número de lesões causadas por acidentes de trânsito e durante o nascimento, além de variações na infraestrutura médica. Aproximadamente 80% das pessoas com epilepsia vivem em países de baixa e média renda.

Entenda a Epilepsia:

Origem e Identificação: Não há pré-condições específicas ou origens determinadas para o desenvolvimento da epilepsia. No entanto, lesões cerebrais, como as causadas por Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou traumas durante o parto, aumentam a susceptibilidade ao distúrbio. Especialistas ressaltam que, apesar da convulsão ser a manifestação mais conhecida das crises epiléticas, não é o único sintoma. Crises que alteram a consciência e percepção, com ou sem manifestações motoras, também são comuns.

Tratamento: O tratamento baseia-se em medicamentos que controlam as descargas elétricas no cérebro. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece todo o tratamento e acompanhamento médico necessários desde o diagnóstico da doença. O Canabidiol (CBD), derivado da Cannabis Medicinal, é uma das substâncias em estudo constante e tem apresentado resultados promissores no controle das crises epiléticas.