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Dia a dia

Aumento no número de incêndios gera debate sobre segurança em casa

Utilizar diversos eletrodomésticos na mesma tomada eleva o risco de curtos circuitos geradores de incêndios

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Corpo de Bombeiros. Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo

Corpo de Bombeiros. Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo

Após o falecimento do ator e dramaturgo Zé Celso Corrêa por um incêndio no apartamento em que morava, os riscos desse tipo de acidente doméstico voltaram a chamar atenção.

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De acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade, o Brasil registrou alta no número de incêndios provocados por origem elétrica. Em 2022, foram 874 casos originados por sobrecarga de energia, sendo 55 com vítimas fatais.

A capitão Andresa do Corpo de Bombeiros do Espírito Santo destaca que a morte por incêndio, em geral, ocorre pela inalação do gás tóxico e não pelo fogo em si. Isso acontece porque o monóxido de carbono se liga nas células, fazendo com que o oxigênio não consiga chegar nas células, o que pode gerar inconsciência do indivíduo.

“O gás não tem cheiro nem cor. Se for a fumaça, acaba tendo o cheiro característico, mas monóxido em si realmente não tem cor não tem cheiro. A pessoa ela perde a consciência ali ela pode vir a morrer”, alerta.

Em relação aos cuidados com eletrodomésticos, a capitão destaca os aquecedores. Por ser um equipamento que requer muita energia, é muito importante que ele seja ligado numa tomada sem a utilização do T ou dos adaptadores para evitar o início de um curto circuito que pode desencadear um incêndio.

A capitão também alerta sobre o uso dos aquecedores a gás que são os mais utilizados atualmente. Esse tipo de eletrodoméstico requer uma manutenção de cinco em cinco anos para trocar a mangueira além do tubo de dispersão. “O aquecedor a gás gera o monóxido e se esse tubo tiver com alguma abertura, o gás pode vazar e acumular no ambiente”, explica.

Para evitar a liberação do gás, a ABNT diz que os aquecedores a gás precisam ficar próximos de um local de ventilação, o que auxilia na combustão completa do gás, evitando uma possível intoxicação ou incêndio. “Em um ambiente muito fechado com pouca ventilação acaba gerando mais monóxido e se a tubulação não estiver adequada, pode haver o vazamento”, pontua.

Além disso, é importante que os residentes façam revisão na instalação elétrica a cada 10 anos visto que a maior causa de incêndios em casa é devido a eletricidade.

“É interessante fazer uma revisão em toda residência em toda a fiação para ver se adequado o cálculo ali para energia daquela residência. A gente vai adquirindo mais eletrodomésticos e acaba que essa carga aumenta e a gente não adequa a nossa fiação da residência”, finaliza.


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