Ataques em escolas: PM explica viabilidade de equipamentos de segurança

O major da Polícia Militar Eliandro Claudino de Jesus alerta sobre ataques nas escolas. Foto: Reprodução

Com a onda de ameaças e ataques à escolas, tanto no Espírito Santo como também em outros estados, surgem diversas dúvidas de como tentar impedir essas ocorrências. A solução para o problema, no entanto, não é tão simples.

Nessas horas o que se questiona é a ausência de medidas de segurança nesses estabelecimentos que acabam permitindo que a violência ocorra.

Mas para o major da Polícia Militar Eliandro Claudino de Jesus ações aleatórias não vão evitar que os ataques ocorram, ou pelo menos, não vão inibir a ação desses criminosos.

Segundo ele, não adianta, por exemplo, colocar só câmeras de videomonitoramento ou colocar uma equipe de policiais em frente às escolas.

“É um universo grande de estabelecimentos. A presença efetiva policial não pode ser apenas de vigilantes. Na patrulha escolar a gente exerce um papel que toda a sociedade precisa ter que é  influenciar os jovens a comportamentos positivos”, declarou.

O major explica porque algumas ações isoladas são inviáveis:

– Porque não colocam polícia na frente da escola?

Atualmente, existe um universo de 411 escolas estaduais. Municipais são mais de mil. Particulares representam mais de 400 no Espírito Santo funcionando em período integral, sem contar os estabelecimentos de nível superior. É inviável. A presença efetiva policial não pode ser de vigilante apenas. A Patrulha Escolar exerce um papel que toda sociedade precisar ter, que é influenciar os jovens a um comportamento positivo.

– Porta giratória e detector de metal

Os equipamentos são viáveis apenas em locais fechados, como banco, por exemplo. Não adianta colocar porta giratória ou detector de metais se nas escolas existem muros que permitem a transposição de qualquer objeto.

– Botão do Pânico

O dispositivo funciona se tiver uma resposta rápida. Não adianta urgência no acionamento se não tiver a mesma velocidade de resposta daquela urgência. É preciso ter uma equipe treinada com pronta resposta.

– Videomonitoramento

Resolve se tiver um sistema de videomonitoramento com inteligência artificial. O mínimo seria quatro equipamentos. Logo, para colocar em todas as escolas seria inviável.

– Capacitação

É urgente a capacitação do público escolar. Capacitar e instruí-los para prevenção, combate ao bullying, atenção aos sinais de alteração e comportamento dos alunos.

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