Dia a dia
Assassinato de empresário no ES: secretário diz que caso foi solucionado
Quatro envolvidos foram presos e, segundo Leonardo Damasceno, todos os autores e mandante já foram identificados pela Polícia Civil

Empresário Wallace Borges Lovato, de 42 anos, foi assassinado a tiros na Praia da Costa, em Vila Velha. Foto: Arquivo Pessoal
Quase dois meses após o assassinato do empresário Wallace Borges Lovato, ocorrido na Praia da Costa, em Vila Velha, a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo afirma que o caso está solucionado. A declaração foi dada nesta quarta-feira (6) pelo secretário Leonardo Damasceno, ao comentar o andamento das investigações conduzidas pela Polícia Civil.
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Segundo Damasceno, as autoridades conseguiram identificar todos os envolvidos no crime, incluindo o mandante, o atirador, o intermediário e o motorista. Para o secretário, o trabalho de inteligência e a integração entre as forças de segurança foram determinantes para o desfecho do caso.
Prisões ocorreram em três estados
Wallace Lovato foi morto no dia 9 de junho, com um tiro na nuca, ao sair da empresa que fundou, a Globalsys. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento do crime, quando um carro se aproxima, e o disparo é efetuado. A execução aconteceu de forma rápida, em plena luz do dia.
O primeiro a ser preso foi o motorista do carro usado no assassinato. Arthur Laudevino Candeas Luppi foi detido em 17 de junho, em Minas Gerais. Dois dias depois, o atirador, Arthur Neves de Barros, de 35 anos, foi localizado e preso em Sumé, na Paraíba.
No dia 23 de junho, o intermediário do crime, Eferson Ferreira Alves, se entregou à Polícia Civil acompanhado por um advogado. Ele compareceu à sede da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Vila Velha.
Diretor financeiro da empresa é apontado como mandante
O mandante do crime, segundo as investigações, é o diretor financeiro da própria empresa onde Lovato trabalhava. Bruno Valadares de Almeida, de 39 anos, foi preso em 12 de julho em casa, no bairro Jardim Colorado, também em Vila Velha.
Durante a prisão, os policiais apreenderam objetos como celular, notebook, joias, dinheiro em espécie e duas armas. A linha de investigação aponta que Lovato havia contratado uma consultoria que identificou um possível desvio de recursos dentro da empresa. A suspeita é de que Bruno teria ordenado o crime para evitar as consequências da descoberta.
Processo agora segue para o Judiciário
Embora não tenha comentado detalhes sobre a motivação do assassinato, o secretário Leonardo Damasceno reforçou que o papel da Polícia Civil foi cumprido. “A cadeia de acontecimentos que levou à morte do empresário foi toda esclarecida. O caso está solucionado”, afirmou.
Segundo ele, o foco agora é o andamento da ação penal no Judiciário. “Todos os atores estão identificados. Agora cabe ao Ministério Público e ao Judiciário conduzir o processo até a responsabilização dos envolvidos”, disse.
