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Alexandre Ramagem é alvo de operação da Polícia Federal

A ação investiga a existência de uma organização criminosa na Abin dedicada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas

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Alexandre Ramagem é alvo de operação da Polícia Federal

Alexandre Ramagem é alvo de operação da Polícia Federal. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro, é alvo da Operação Vigilância Aproximada, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (25). A ação investiga a existência de uma organização criminosa na Abin dedicada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), políticos e jornalistas.

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A operação envolveu 21 mandados de busca e apreensão e medidas cautelares diversas da prisão, com diligências sendo realizadas no gabinete do parlamentar e em seu apartamento funcional em Brasília, além de uma residência na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Além de Ramagem, sete policiais federais tiveram suas funções públicas suspensas imediatamente. As ações ocorreram em Brasília (DF), Juiz de Fora (MG), São João Del Rei (MG) e Rio de Janeiro (RJ).

Esta operação é um desdobramento da Operação Última Milha, iniciada em outubro do ano passado, e foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes do STF. As investigações indicam que, sob a gestão de Ramagem na Abin, foi criada uma estrutura paralela que utilizava ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial. O software FirstMile, um sistema de GPS israelense, foi um dos recursos empregados para o monitoramento ilegal, afetando mais de 30 mil dispositivos e invadindo a infraestrutura crítica de telefonia brasileira.

Os investigados na operação, incluindo Alexandre Ramagem, podem responder por crimes como invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei. Até o momento, a defesa de Ramagem, que é pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro com apoio de Bolsonaro, não se manifestou sobre as acusações.