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Dia a dia

Afinal, por onde andam os vendedores do Manassés?

Os voluntários vendiam de tudo, desde canetas até utensílios domésticos

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Os voluntários do Instituto Manassés vendiam diversos produtos nos ônibus do Transcol. Foto: Divulgação (Governo do Estado)

Quem utiliza o transporte público da Grande Vitória há algum tempo certamente já comprou algum produto dos vendedores do Instituto Manassés, instituição que trabalha na recuperação de dependentes químicos em todo o Brasil. 

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Os voluntários eram figurinhas conhecidas dentro dos ônibus do Transcol e comercializavam diversos tipos de mercadoria desde guloseimas até utensílios domésticos. 

Que passageiro nunca comprou balas, canetas, porta-cartão, bolsinhas à prova d’água, triturador de alho ou aquele kit inesquecível de costura que só eles vendiam por um preço simbólico?

A verdade é que muita gente tem notado a ausência dos voluntários no Manassés dentro do coletivos. Um deles é o supervisor comercial Rafael Sipioni. Ele contou que desde a pandemia os vendedores sumiram. 

“Nunca mais eu vi. Eu já comprei vários produtos deles como porta-documentos e carteirinha para colocar cartão. A gente sempre comprava alguma coisa no caminho do trabalho porque era útil e ainda ajudava o projeto deles”, contou. 

O estudante Leandro Silva, de Vila Velha, é outro que sempre era abordado pelos voluntários nos coletivos. “Eles vendiam de tudo. Até escova de dente ofereciam. Tenho um triturador de alho que comprei até hoje”, lembrou. 

A reportagem do ES 360 entrou em contato com o Instituto Manassés para saber por onde andam os vendedores que atuavam no Transcol. 

De acordo com o Relações Públicas da entidade, Douglas Marques, a unidade capixaba que funcionava em Vila Velha acabou encerrando as atividades por falta de recursos durante a pandemia. 

Na época, o local abrigava seis dependentes químicos, que acabaram sendo encaminhados para outros estados onde a entidade também desenvolve as atividades de recuperação. 

Os voluntários, que trabalhavam na divulgação dentro dos coletivos e eram dependentes recuperados, acabaram migrando para outras atividades com o fechamento da filial no Espírito Santo. Mas ao que tudo indica, os passageiros vão poder comprar novamente os produtos muito em breve. 

O Manassés vai reabrir a unidade  ainda este ano. “Estamos no processo de reforma do imóvel que fica localizado no bairro Itaparica, de conseguir as licenças e o alvará para a reabertura. Quando nossos voluntários deixam de entrar nos ônibus a população deixa também de acessar nossa instituição. E esse é nosso maior prejuízo”, afirmou. 

Saiba mais:

Fundada há 27 anos pelo pastor Marcos Manassés, a Instituição Social Manassés, realiza um trabalho de recuperação de pessoas com dependência química.

A motivação para fundar a entidade surgiu após seu filho, com apenas 15 anos, tornar-se usuário de drogas. Depois de muitas internações e de receber um tratamento adequado, ele conseguiu se recuperar das drogas, mas todo esse processo teve um alto custo.

Pensando nisso, Manassés resolveu criar a Instituição onde pessoas sem condições financeiras tivessem a oportunidade de se tratar. O tratamento oferecido tem a duração de aproximadamente nove meses, com duas etapas, desintoxicação e reintegração social. Esse tempo pode ser estendido de acordo com a necessidade.

A Instituição destina-se ao acolhimento voluntário de pessoas em situação de dependência química, utilizando-se de tratamentos terapêuticos, acompanhamento psicológico, orientação médica, atividades esportivas, culturais e orientação espiritual opcional, em um ambiente seguro, que dá ao acolhido.

Atualmente possui unidades em Mato Grosso, Bahia, Maranhão, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.


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