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Advogada denuncia presença de compressa no útero após parto no ES

O sonho de ser mãe acabou virando pesadelo para uma advogada de 36 anos, em Cariacica

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A advogada passou por uma nova cirurgia para retirar a compressa cirúrgica. Foto: Divulgação

A advogada passou por uma nova cirurgia para retirar a compressa cirúrgica. Foto: Divulgação

O sonho de ser mãe acabou virando pesadelo para uma advogada de 36 anos, em Cariacica. Ela está internada no Hospital Meridional de Cariacica após complicações provocadas por um suposto erro médico. Durante a cesariana realizada no Hospital Meridional de Vitória, no dia 6 de setembro, uma compressa cirúrgica teria sido esquecida dentro do útero da paciente, provocando uma grave infecção.

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Segundo relato do marido, também advogado, a mulher deu entrada no hospital com 39 semanas de gestação e acabou sendo submetida a uma cesárea após o parto normal não evoluir. O bebê nasceu saudável, e a mãe recebeu alta no dia 7 de setembro.

Dias depois, já em casa, a advogada apresentou febre, dores intensas e odor vaginal. Ao retornar ao hospital, uma médica identificou, por meio de exame de toque, que havia um corpo estranho. Segundo o depoimento do marido, tratava-se de uma compressa cirúrgica deixada durante a cesariana. O material já apresentava sinais de decomposição, o que agravou a infecção.

A paciente foi internada e tratada com antibióticos, mas continuou apresentando sangramentos e dores. Chegou a ser informada de que parte do líquido acumulado precisava ser expelido naturalmente devido à abertura de pontos da cirurgia.

Na última quinta-feira, em nova consulta de rotina em outro hospital particular, uma ultrassonografia apontou aumento do líquido retido, que passou de 80 ml para 268 ml, provocando inchaço abdominal. A paciente foi internada e submetida a nova cirurgia nesta sexta-feira (19).

O procedimento começou às 10h15 e terminou por volta das 11h40, considerado bem-sucedido pelos médicos. O material coletado foi enviado para análise laboratorial, e o resultado deve sair em até três dias. Até lá, a paciente permanece internada.

O marido, que prefere não ter a identidade divulgada, relatou que foi procurado pelo médico responsável pela cesárea, mas decidiu não manter contato. “Agora ela está estável, mas emocionalmente está destruída. Tem 15 dias que nosso filho nasceu e possivelmente ela ficou com ele uma semana, talvez. O resto foi tudo entre hospital, enfim”, lamentou o marido.

Em nota, o Hospital Meridional Vitória informou que iniciou uma investigação interna para apuração do caso. “Por respeito à privacidade e em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o hospital não comenta informações clínicas de quaisquer de seus pacientes”, diz o comunicado.