Aço da piscina que desabou estava oxidado, diz Crea após vistoria

Piscina desaba em cima de garagem do edifício Parador, em Vila Velha. Foto: Reprodução

A primeira análise da piscina que desabou sobre a garagem do edifício Parador, na orla da Praia de Itaparica, Vila Velha, apontou que o aço que prende a estrutura estava oxidado. A vistoria foi feita ainda na manhã desta sexta-feira (23) por uma equipe do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES).

> “Foi um barulho estrondoso”, conta moradora sobre piscina que desabou

O engenheiro civil e gerente de relacionamento institucional do Crea-ES, Giuliano Battisti, comentou que apesar de o prédio ser novo, com a entrega em 2018, um dos pontos que chamaram a atenção das equipes de vistoria foi que o aço utilizado como sustentação da piscina estava oxidado. Também foram constatados danos nos pilares da construção.

“Não é natural esse desgaste do material. Tanto em prédios novos, como nos mais antigos. A oxidação pode ser causada por diversos motivos. Ali é uma região que tem névoa marinha, por exemplo, mas também pode ser um problema na execução do projeto. Há um conjunto de fatores a ser analisado”, explicou Battisti.

O engenheiro afirmou que o Crea-ES vai analisar os documentos para concluir se o desabamento da estrutura tem origem em um erro de projeto ou de execução. O órgão já solicitou o projeto à construtora e irá fazer uma análise mais aprofundada da estrutura.

A construtora iniciou ainda na noite de quinta-feira o trabalho de escoramento de parte da estrutura para evitar novos danos. O Crea-ES recomendou que o edifício seja monitorado por 72 horas. A Defesa Civil Municipal evacuou os 90 apartamentos. A orientação é que ninguém retorne para casa até que um laudo constate que a estrutura não corre risco.