488 anos de Vila Velha: conheça a história da primeira cidade do ES

Vista aérea da cidade de Vila Velha. Foto: PMVV/Reprodução

A cidade mais antiga do Espírito Santo comemora, nesta terça-feira (23), 488 anos. Ponto de chegada do donatário Vasco Fernandes Coutinho junto com outros 60 homens, a cidade é a segunda mais populosa do estado.

A origem do nome Espírito Santo é descrita por duas teorias. A primeira diz que o nome veio pela data de chegada, que era um domingo de pentecostes. A segunda afirma que o estado ganhou esse nome porque na região em que Vasco Fernandes Coutinho morava o culto ao Divino Espírito Santo era muito forte.

Já em relação a Vila Velha, a cidade sofreu com uma forte resistência dos indígenas que habitavam a região. Por conta disso, a sede da capitania precisou ser transferida e o novo local se tornou “Vila Nova”, atualmente Vitória, para se diferenciar da antiga vila, atualmente Vila Velha.

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Nos primeiros 25 anos aqui, foram realizadas obras importantes. Uma delas foi a Igreja do Rosário, fundada em 1551, responsável pelo primeiro crescimento da cidade. Nesse mesmo período, surgiu o apelido canela-verde, que os historiadores contam que foram os indígenas que criaram por conta das algas marinhas que manchavam as calças e canelas dos portugueses.

O brasão e a bandeira

Com as cores azul, vermelho e branco, a bandeira de Vila Velha apresenta vários significados “ocultos” que a maioria da população não conhece. Composta por um triângulo branco e duas faixas vermelha e azul, cada elemento produz um significado.

Bandeira de Vila Velha. Foto: Reprodução

No brasão, o principal destaque é para o escudo português ibérico cortado, que abriga os símbolos da colonização e do Convento da Penha. A cruz da Ordem Militar de Cristo é a peça componente da primeira bandeira hasteada em solo brasileiro.

Em um dos lados, dentro do escudo, está a Cruz de Cristo e Cruz de Malta Portuguesa, muito usados em escudos da época. Do outro lado, uma estrela que lembra o donatário sobre um turbante indígena faz alusão aos primeiros donos das terras capixabas. Na terceira parte do brasão, é possível observar o Convento da Penha sob o mar e uma montanha de ouro.

O lado de fora do brasão é marcado pelos dizeres 1535, ano da colonização, e 1896, ano em que a Vila foi declarada cidade. Outro destaque é a coroa de cinco torres com uma flor de liz de ouro em azul, representando Nossa Senhora do Rosário.

Praias

São mais de 32 quilômetros de litoral na cidade canela-verde. Uma das praias mais famosas é a Praia da Costa, que conta com extensa faixa de areia, um calçadão com ciclovia, bares e restaurantes para todas as idades.

Itapoã é outra praia muito famosa da cidade, considerada um dos principais pontos de pesca de arremesso do estado. Além disso, conta com as Ilha de Itatiaia e Pituã, famosas por suas belas paisagens naturais.

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As praias de Itaparica e Barra do Jucu também atraem milhares de turistas para o município. A gastronomia à base de frutos do mar é destaque para quem quer visitar a região.

Pontos turísticos

Pontos turísticos como Convento da Penha, Igreja do Rosário, Farol Santa Luzia são conhecidos por suas belezas e identidades únicas que marcam a cidade. Também é em Vila Velha que está localizado o Morro do Moreno, outro importante cartão postal da cidade.

Farol Santa Luzia, localizado na Praia da Costa. Foto: PMVV/Reprodução

Mas, engana-se quem pensa que a cidade é rodeada apenas por praias e igrejas. É em Vila Velha que está localizada a Fábrica de Chocolates Garoto, considerada uma das 10 maiores fábricas de chocolates do mundo.

A cidade também conta com a Casa da Memória, Museu Homero Massena e Museu da Vale, locais que preservam a história canela-verde. Na área rural, é possível visitar a Fazenda Rico Caipira, um parque de agroturismo com passeios de pedalinho e tirolesa.

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