DAQUIPRALI
Bora fazer a Trilha do Mestre Álvaro? Confira as belezas e desafios!
Entre cachoeiras, ventos fortes e histórias lendárias, cada aventura no Mestre Álvaro é uma jornada para a alma e para o corpo
Por onde você andar na Grande Vitória ele vai estar lá te observando. Com sua área de 2.389ha e seus 833 metros ele é desafiador. Situado no município de Serra, o monumento rochoso reúne a galera que gosta de desafios.
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O Mestre Álvaro é considerado uma das maiores elevações litorâneas da costa brasileira e abriga uma das últimas áreas de Mata Atlântica de altitude do ES. Além de possuir uma vista panorâmica de toda a Região Metropolitana de Vitória e região de montanhas, avistando também alguns municípios além de uma bela vista do oceano Atlântico.
Devido a sua altura e posição, o local tem servido à navegação marítima há séculos, tanto que é citado em documentos cartográficos do século XVI. Possui cavernas, mais de 100 nascentes, córregos, um bosque rico em fauna, são mais de 190 espécies de animais e flora nativas incluindo flores só encontradas lá.
Por que Mestre Álvaro?
Os antigos moradores de Serra contam que o Mestre Álvaro recebeu este nome porque ali morava um mestre de carpintaria chamado Álvaro e sempre que alguém desejava algum serviço dele, dizia: “Vou no Morro do Mestre Álvaro”. Outra versão é que, pela altitude do monte é comum seu topo estar sempre coberto por nuvens. Por essa característica muitos o chamavam de “Monte Alvo” que, com o tempo tornou-se, Monte Álvaro e por ser guia de Navegação, os pescadores o batizaram de “Mestre Álvaro”.
Mas, segundo alguns guias e historiadores, o nome da montanha Mestre Álvaro foi uma homenagem do padre Jesuíta Braz Lourenço ao Capitão e Mestre de Navio de nome Álvaro da Costa, seu amigo e filho do segundo Governador Geral do Brasil, Dom Duarte da Costa. Em 1556, Álvaro da Costa é morto num ataque Indígena.
Por influência de Braz Lourenço, os habitantes da capitania passaram a denominar de Álvaro o imponente maciço da Serra, por ser Álvaro da Costa, o mestre comandante de Caravela e o maciço um imponente guia para os navegantes.
E se tem morro, tem lenda, claro!
Dizem que uma índia e um índio de tribos rivais se apaixonaram. O jovem casal decidiu fugir, mas o pai da índia descobriu e pediu ao feiticeiro da tribo que lhes dê um castigo. O feiticeiro então, transforma os dois em duas pedras enormes, uma de frente para outra. Assim, eles ficaram destinados a se olharem eternamente sem poder se tocar. O índio Guaraci virou o Mestre Álvaro e a índia Jacira, o Mochuara. Dizem ainda que nas noites de São João, um pássaro se transforma em uma bola de fogo que vai de um monte a outro permitindo o encontro invisível entre os dois amantes.
Para chegar ao topo você pode ir por uma das trilhas existentes: Por Pitanga, Queimado ou Serra Sede, onde a trilha principal é bem marcada com subidas íngremes. No percurso tem vale, cachoeira, um excelente local para quem quiser se aventurar num banho gelado e tem também muito vento no cume.
Sempre indico fazer trilha com guias credenciados com experiência, grandes conhecedores do local e dos perigos que cada trilha possui, e claro, que te passa credibilidade, assim, caso ocorra qualquer imprevisto no trajeto, estaremos bem amparados, e a equipe que foi comigo em mais esta trilha, foi a @up.rope_adventure, minha parceira de aventuras nos morros do ES.
Considerada por muitos como a mais bonita, a trilha de Furnas fica no bairro Jardim Tropical onde uma árvore incrível se destaca de tamanha beleza no início da trilha, tem também cachoeiras, córregos, poços e grutas. E foi por essa trilha que escolhi, levamos cerca de 4 horas para chegarmos ao topo com paradas para lanches e reidratação ao longo do caminho. Encontramos até bicho-preguiça no caminho, borboletas azuis nos seguiram por um tempo. A natureza sempre nos surpreende!
É importante ressaltar os cuidados de sempre ao fazer uma trilha: usar calça, camisas de manga comprida, boné e repelente. Além de água, frutas e chocolate, ideais para repor as energias, e claro, nunca é demais lembrar que não se deixa lixo nas trilhas.
No topo uma intervenção humana: a ‘Casinha’, um cômodo de 9m² construído provavelmente pelo Exército no topo do Morro, hoje aproveitado como base de repetição de rádio. Agora é só curtir o visual e descansar, tirar fotos para encarar a descida.
E se você se animou, e quer se aventurar espere muita emoção, rios, cachoeiras e um desafio e tanto, mas que no final sempre vale a pena, pois a beleza vista do alto compensa todos os esforços!
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