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Força e fé na voz de Tunico da Vila

Com a influências do ticumbi e do congo, o artista apresenta o seu novo EP, “Cadê Você Cavaquinho?”, nesta sexta nas plataformas de streaming

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Tunico lança EP à meia-noite desta sexta-feira, nas plataformas de streaming. Foto: Lucas Sandonato/Divulgação

Tunico lança EP à meia-noite desta sexta-feira, nas plataformas de streaming. Foto: Lucas Sandonato/Divulgação

Apesar de ser carioca, Tunico da Vila sempre sentiu uma conexão especial com o Espírito Santo. “Aqui encontrei a minha força e o que envolve a minha ancestralidade. É uma questão energética”, diz ele, que homenageia a Grande Vitória em clipes e músicas desde que resolveu seguir os passos do pai, Martinho da Vila.

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Com a influência capixaba do ticumbi e do congo, além de outros elementos afro-brasileiros, o artista apresenta o seu novo EP, “Cadê Você Cavaquinho?”, nesta sexta-feira (6), a partir da meia-noite, nas plataformas de streaming.

Em clima positivo e de muito amor pela vida, ele lança as faixas “Iakalaiá”, “Rio de Fé” – feita em parceria com Ana Clara, falando sobre sua esposa -, “De Fato e de Direito”, a fim de homenagear o bairro de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, além da canção que nomeia o EP, gravada junto com o pagodeiro Péricles.

Para representar o que viveu e experimentou nos últimos anos, inclusive a perda de sua filha, o sambista ainda incorpora elementos do partido-alto- um dos muitos gêneros do samba – e do semba, um batuque africano que conheceu na Angola.

“São composições que aconteceram num momento muito especial, pois me sinto mais preparado para encarar a missão de cantar minha cultura”, ele diz, em entrevista ao Metro Jornal.
Questionado sobre o nome do EP, Tunico explica que é uma brincadeira sobre a perpetuação do samba raiz, sem distinção de raça, religião ou classe social. E é disso que, para ele, surge a necessidade de falar sobre sua força.

“Musicalmente, todo pandeiro precisa de um cavaquinho. É o que dá potência para o som. E eu sempre estou atrás deles, querendo mostrar, a partir dessa junção, o poder do samba. Hoje, já é um gênero que pertence a todas as pessoas”, defende.

Esse é o primeiro EP do carioca após perder a filha após um quadro de cardiopatia congênita, no ano passado. Para homenagear a menina, Tunico compôs uma música enquanto ela ainda estava na barriga da mãe, Déborah Sathler.

“Às vezes, precisamos cantar sobre o que nos entristece. A arte tem muito disso: você transforma dor, alegria e morte em poesia. Por isso que celebro a vida e o falecimento da Madalena do Espírito Santo, que tanto me fez feliz”, declara o artista.

Agora, segundo Tunico, “Madalena do Espírito Santo” deve integrar seu próximo disco, intitulado “Fases da Vida”. A ideia é reunir todas as músicas lançadas nos últimos anos e montar um álbum só de inéditas. Depois, fará uma turnê, ainda sem data definida.