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Precisamos falar sobre respeito a diversidade
- Por Murilo Nunes
O mundo todo, em todos os seus aspectos, está em constante mudança. Evoluções na medicina, descoberta de povos e culturas nunca antes conhecidos, novas formas de expressão que ressignificam o conceito de arte, inovações na ciência e tecnologia, tudo isso, a todo o momento, muda, evolui. A única constante, em todos estes aspectos, é a presença do ser humano e o impacto dele em cada uma dessas mudanças. Tudo muda, a todo momento, devido à mudança das pessoas.
Hoje, mais do nunca, vivemos em um momento onde as relações humanas ganharam uma força inigualável e, por este motivo, precisamos reconhecer a importância de falarmos sobre o respeito aos mais diversos tipos de pessoas que existem. Afinal de contas, somos diferentes uns dos outros e a única coisa que todos têm em comum, é o fato de sermos pessoas diversas.
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Apesar das diferenças existentes, o ser humano, de forma geral, busca a todo momento encontrar pessoas que compartilhem aspectos semelhantes aos seus, para construir relações e, a partir dessa busca, se formam nossos grupos de convívio social. Nós escolhemos as pessoas que chamamos de amigos, as pessoas que fazem parte da nossa vida pessoal, aquelas em quem confiamos e por quem nutrimos carinho e afeto.
Porém, o que fazer em situações onde somos levados a conviver com pessoas que, muitas vezes, são totalmente opostas à nós? Pessoas que nos fazem reconhecer e confrontar nossas crenças pessoais, nossos privilégios e preconceitos?! Bom, na teoria tudo se resolveria de forma bem simples, com entendimento do outro. Compreendendo as características pessoais de cada indivíduo e à diversidade da qual é composta a sociedade. Mas na prática, nada parece ser tão simples. E de fato não é tão simples, porque compreender as diferenças não é confortável, é incômodo, isto pois durante toda a vida somos condicionados e crescemos com um conjunto de crenças do que é certo, errado, do que é normal e, na maioria das vezes, quando tais crenças são confrontadas o nosso instinto inicial é de resistência. E tudo bem!
Está tudo bem ser inicialmente resistente, porque o processo de desconstrução de crenças pessoais é demorado, é doloroso, depende única e exclusivamente de esforço individual. Depende da sua vontade de abrir a mente e abraçar as diferenças, estudar sobre elas, reconhecer sua posição de privilégio em comparação ao outro e estar pronto e disposto para aprender.
Mas tudo isso leva tempo, a compreensão é demorada e não podemos esperar que as pessoas em processo de desconstrução estejam prontas e confortáveis para começarmos a exigir que as relações humanas sejam saudáveis. A mudança precisa começar desde já e a única coisa necessária de fato é respeito. Respeito ao outro enquanto ser humano.
A única coisa que todos temos em comum é o fato de sermos pessoas diversas, que a todo momento buscam semelhantes para construir nossos grupos de afinidade, mas precisamos aprender a conviver com as diferenças uns dos outros e isso só vai ser possível quando todos entenderem que o respeito é a chave da mudança. Conhecimento é poder, mas respeito é a única coisa que pode transformar.
Sobre o autor:

Murilo Nunes, Nossa Voz. Foto: Divulgação
Murilo Nunes, graduado em Marketing e com especialização em Inteligência de Negócios, é membro do Comitê de Cultura & Diversidade do Grupo Sá Cavalcante e atua como responsável pela Comunicação Corporativa da organização.
Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam as ideias ou opiniões do ES360.
