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Darlan Campos

Por que você perdeu as as últimas eleições?

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Na corrida para qualquer eleição, os partidos políticos, candidatos e equipes de campanha alinham todo o seu arsenal de ferramentas para seduzir a maioria do eleitorado atual. Mas por que existem campanhas que se saem melhor do que outras? Por quê você perdeu as eleições?

Embora o objetivo da maioria das campanhas seja o mesmo, que é vencer nas urnas, nem todas têm resultados satisfatórios, uma vez que a falta de planejamento, gastos excessivos e improvisação parecem ser o caminho frequente.

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Para minimizar o risco de derrota nas urnas, Darlan Campos, diretor executivo da República Marketing Político lista nesta publicação as 10 razões mais comuns para um final adverso.

1 – Porque não há estratégia

Sem dúvida, a estratégia sempre será o coração de um processo eleitoral. No entanto, muitos candidatos ainda consideram que a estratégia política se resume no trabalho publicitário e/ou no plano de mídia, razão pela qual geralmente nunca desenvolvem processos de investigação eleitoral ou contratam consultores políticos para ajudar a construir uma campanha vitoriosa. A estratégia é a espinha dorsal da campanha, ela define o objetivo, a mensagem, as táticas, as ferramentas e o segmento do eleitorado que se pretende impactar. Antes do trabalho de campo, deve-se fazer um verdadeiro trabalho de pesquisa para não especular. Não se deve enfrentar uma campanha eleitoral sem estratégia, seria o mesmo que navegar sem rumo. A estratégia é a vida da campanha política, um processo eleitoral sem ela, está condenando ao fracasso.

2 – Porque não se conhece o eleitor

Campanhas que não conhecem o seu target, fica muito difícil gerar uma mensagem que mova o eleitor, os esforços devem ser focados em conhecer as emoções, necessidades e expectativas do eleitor, quem ele é, onde está, se é homem ou mulheres, jovens ou idosos, sua situação econômica, social e educacional, não concentrando esforços em conhecer as emoções, necessidades e expectativas do eleitor é construir o caminho para o fracasso.

3 – Porque você ainda trabalha sob a intuição

Concentrar todos os esforços no elemento intuitivo (sentimento) e não no estratégico é um comportamento repetido em muitas campanhas. Você comete um grande erro, achando que contratar uma agência de publicidade para o desenvolvimento da imagem e do conceito da campanha é usar marketing político. Qualquer orçamento destinado a investigar as características e o comportamento do eleitorado será insuficiente, algo que as campanhas e os candidatos políticos ainda não entenderam. Depender apenas da publicidade é muito comum nas campanhas, embora a publicidade seja um elemento importante dentro da campanha, não é o único.

4 – Porque existem candidatos “sabe tudo”

Candidatos que não se aconselham, que são todos, que não se preparam, que falam sem estatísticas e que improvisam no debate, são o denominador comum das más campanhas. Quando um candidato ou gerente de campanha está convencido de que sabe tudo, é quando se torna mais vulnerável.

5 – Porque não se estuda o adversário

Devemos conhecer o adversário melhor do que nos conhecemos. Se não soubermos contra quem vamos enfrentar, nunca saberemos a probabilidade de ganhar ou perder. Ter certeza sobre os pontos fracos ou fortes de nosso rival leva a ser mais eficaz na abordagem de uma tática de ataque, às vezes é mais valioso subtrair votos do contendor do que somar o próprio candidato.

6 – Porque não há conexão emocional com o eleitor

85% da decisão do eleitor se deve às emoções que o induzem a votar. Tocar a corda emocional do cidadão nos levará de forma decisiva a aproveitar as outras campanhas. Dar uma causa aos seus eleitores e eles retribuirão o voto para você.

7 – Porque a música dos rivais é dançada

Dançar ao som da música tocada pelo oponente é um grande erro. Deve-se evitar ao máximo cair nas provocações ou armadilhas das campanhas rivais. A estratégia de ataque deve ser evitada, não se pode permitir que o adversário proponha a agenda, os temas e o ritmo da luta.

8 – Porque o mesmo é feito nas campanhas anteriores

Cada campanha e cada candidato possuem elementos únicos que, embora possam servir em um determinado ponto de referência, o contexto de cada eleição nem sempre é o mesmo.

9 – Porque a campanha não é segmentada

Generalizar para o eleitorado é um erro muito comum, quando a estratégia não é clara e não se utiliza uma metodologia de segmentação. As campanhas que são gerais em sua proposta programática e em seu desenvolvimento metodológico são campanhas dirigidas a ninguém.

10 – Porque você confia demais nas pesquisas

Embora o resultado das pesquisas seja um fator a ser levado em consideração, seus resultados não devem ser totalmente confiáveis, pois podem levar a decisões imprudentes e até mesmo baixar a guarda. O Brexit no Reino Unido, o Plebiscito na Colômbia e as eleições presidenciais nos Estados Unidos são exemplos disso.


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Darlan Campos

Darlan Campos é Consultor em Marketing Político, professor, escritor e membro fundador do CAMP - Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político. Especialista em Marketing Político e Comunicação Estratégica, Diretor executivo da República Marketing Político (http://republicamarketingpolitico.com.br/). Autor de dois livros sobre a temática: ‘Nas ruas e nas redes – estratégias de marketing político’, publicado pela editora Soares/SP, lançado em 2017, e 'Marketing Político - construção de candidaturas vitpriosas', editora Lexia/SP. Atua como consultor em Marketing Político com foco em campanhas eleitorais, mandatos parlamentares ou gestão e estratégia de comunicação política em estados e municípios. Tem experiência em: marketing político e público, marketing político digital administração de crise, planejamento de comunicação, e em estratégia para mobilização de causas.

Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam as ideias ou opiniões do ES360.