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Coluna Vitor Vogas

Pai de Léo de Castro o incentiva para enfim ser candidato

Ex-senador Sergio Rogerio de Castro diz que gostaria de ver o filho na política: “Ele tem vocação”. Ex-presidente da Findes é cotado para entrar na vida pública. Resta saber se quer provar que é mesmo vocacionado

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Da esquerda para a direita: Sergio Rogerio e Léo de Castro. Fotos: Facebook de ambos

Filiado ao PSDB em março, o empresário Léo de Castro tem um grande incentivador para pular no trampolim e mergulhar de uma vez por todas nas águas da piscina política: seu pai, o ex-senador Sergio Rogerio de Castro. Nos almoços de domingo em família, não tem faltado estímulo de Sergio Rogerio a Léo para que o filho enfim dispute o seu primeiro mandato eletivo, no pleito deste ano.

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O ex-presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) é cotado para lançar candidatura majoritária (senador ou vice-governador) ou para ser suplente de algum candidato a senador. “Eu gostaria que ele fosse candidato”, confirma Sergio Rogerio.

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Apesar do sobrenome Castro, a família é constituída por empresários. São os proprietários da Fibrasa, uma grande empresa de transformação de plástico, sediada no Civit I, na Serra, com outra unidade em Pernambuco e prestes a completar 50 anos. Hoje com 79 anos, o próprio Sergio Rogerio já foi suplente do senador Ricardo Ferraço (hoje no PSDB, como Léo). Filiado ao PDT desde 2006, ele elegeu-se por tabela na chapa de Ricardo (então no MDB) em 2010. De outubro de 2017 a fevereiro de 2018, chegou a exercer o mandato no Senado, durante licença de Ricardo.

O patriarca dos Castro conta que essa sua passagem pelo Senado, embora curta, é o principal fator que o leva a encorajar Léo a se candidatar:

“É lógico que tenho conversado com o Léo sobre política. O que posso te dizer primeiro é da minha sensação se eu tiver um dos meus filhos como político. O período que passei no Senado foi muito enriquecedor na minha vida. Por isso, eu te diria que ficaria muito feliz se qualquer um dos meus filhos se candidatasse a qualquer cargo político. Um político dedicado, honesto e competente pode ajudar muito o município, o estado e o país. Não acho que a política deva ser uma profissão. Mas acho que uma pessoa que tem a oportunidade de exercer um mandato deveria aceitar isso e não repetir o mesmo mandato para o mesmo cargo”, opina Sergio Rogerio.

Não obstante todo o incentivo, o ex-senador confidencia que, quando a conversa com Léo entra no tema “possível candidatura”, ele mesmo não consegue obter do filho muito mais do que este concede a toda a imprensa capixaba: um sorriso enigmático e um silêncio de Esfinge.

“Fico muito feliz em ver o nome do meu filho Léo ser citado como possível candidato a algum cargo político. Eu o incentivo, com certeza. Mas não posso responder por ele. Falo com ele que ele deveria ser candidato. Ele sorri. Fica igual à Esfinge e não me fala nada”, ri-se o fundador da Fibrasa.

Sergio Rogerio tem três filhos. Por ordem de nascimento: Sergio (53), Leonardo (50) e Giuliano (46). Além de maior acionista da Fibrasa, ele é conselheiro de administração da companhia e vai lá pessoalmente uma vez por semana, nas manhãs de segunda-feira.

O filho mais velho, Sergio de Castro Filho, é o atual presidente da Fibrasa, além de diretor da Associação Brasileira da Indústria do Plástico.

Léo é o vice-presidente da Fibrasa e um dos representantes da Findes na Confederação Nacional das Indústrias (CNI), além de ser um dos vice-presidentes dessa última entidade.

Já Giuliano é o atual presidente da Associação dos Empresários da Serra. Sergio Rogerio foi um dos fundadores e o primeiro presidente da entidade, no já distante ano de 1977.

Ele faz uma distinção:

“Meus três filhos têm essa veia associativista, o que muito me alegra. Mas não vejo nem interesse nem vocação para entrar na vida política nem no Sergio nem no Giuliano. Quem tem mais vocação para isso é mesmo o Léo.”

Talvez, como atesta o pai, não lhe falte mesmo vocação política. O que ninguém sabe (pelo jeito nem o pai) é se não lhe falta vontade…

E, acima de tudo, coragem para pôr à prova essa vocação.

Se Léo não for candidato, jamais saberemos se Sergio Rogerio tem razão.

Vitor Vogas

Nascido no Rio de Janeiro e criado no Espírito Santo, Vitor Vogas tem 39 anos. Formado em Comunicação Social pela Ufes (2007), dedicou toda a sua carreira ao jornalismo político e já cobriu várias eleições. Trabalhou na Rede Gazeta de 2008 a 2011 e de 2014 a 2021, como repórter e colunista da editoria de Política do jornal A Gazeta, além de participações como comentarista na rádio CBN Vitória. Desde março de 2022, atua nos veículos da Rede Capixaba: a TV Capixaba, a Rádio BandNews FM e o Portal ES360. E-mail do colunista: [email protected]

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