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Diversidade, e eu com isso?

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  • Por Jeane Ruchdeschel Silva

Em uma reunião em que conversávamos sobre diversidade na empresa em que trabalho, um par citou um exemplo de comportamento que considerei bem pertinente, sobre a melhor forma de se comunicar com alguém que estivesse fazendo comentários ou tendo atitudes discriminatórias.

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A dica foi essa: ao presenciar alguém exercendo uma atitude vexatória ou discriminatória, podemos olhar de forma bem séria e centrada para esta pessoa e afirmar “Não entendi seu comentário/sua atitude! ”. Considerei esta, uma ótima estratégia para induzir a pessoa que emitiu tal comentário ou atitude, refletir sobre o que fez. Além de ser um comportamento assertivo, ou seja, uma forma educada e não confrontativa, de se posicionar frente à um comportamento ou atitude não inclusiva e desrespeitosa.

Considerei essa dica extremamente relevante! Contudo, isso também me fez pensar sobre “ e eu? O que posso fazer mais em meu dia a dia para contribuir com comportamentos e práticas inclusivas no microssistema onde estou inserida? ”.

Durante a vida, principalmente nos momentos em que operamos em modo automático, não lembramos que somos produto, mas também produtores da lógica operante do meio em que vivemos. E reclamamos ou terceirizamos aquilo que não consideramos adequado, não inclusivo e diverso, mas pouca energia empenhamos em mudar nossos comportamentos para fomentar e influenciar outros com quem convivemos, pois observo muito em meu dia a dia, que palavras movem, já comportamentos arrastam.
Delegamos ao estado, ao gestor, ao colega de trabalho a política de empresa, enfim, a vários “Outros”. Mas, e eu?

Lógico que políticas públicas adotadas por governos, desenvolvimento de práticas de diversidade e inclusão a serem adotadas em empresas e escolas são MUITO importantes, sim!!! Aliás, são essenciais para provocar mudança! Mas voltando ao meu microssistema, e eu?
Como posso ajudar a criar uma cultura diversa?
O que eu posso fazer para ser mais inclusiva?
O que eu posso fazer para ter um comportamento mais aberto à diversidade?
O que posso ler, ouvir e escrever no meu dia a dia, dentro da minha rotina, dentro da minha esfera de atuação e dentro da minha realidade, que fomente relações mais diversas e respeitosas no microssistema que estou inserida?

Saí dessa reunião em que debatíamos sobre diversidade e inclusão, com algumas respostas condizentes com minha realidade e muito motivada em transformar essas ideias em comportamentos!

Dessa forma, virou prática em minha rotina:

– Assistir vídeos de depoimentos de pessoas que viveram realidades de gênero que nunca ouvi ou vivi;
– Fazer algum trabalho voluntário em uma comunidade ou local com uma realidade sócio cultural bem diferente da minha;

– Conversar com pessoas que tenham alguma necessidade especial e entender sua realidade, suas dificuldades e forma de pensar;
– Conversar com pessoas que sustentam uma filosofia e valores bem diferentes dos meus, e principalmente, ouvir genuinamente e se esforçar para entender os fatores e história de vida que as levaram a sustentar aquela lógica;
– Perguntar e tentar entender o que move o comportamento de uma pessoa, quando profere alguma sentença vexatória sobre outra pessoa (isso aprendi com minha amiga de trabalho… rsrs).

E você? Já pensou em que você pode fazer para ajudar a construir um ambiente mais inclusivo e diverso dentro da sua realidade?

Qual comportamento você pode aderir ou mudar dentro do seu universo para ser mais inclusivo e diverso?

Me conta aqui?!?

Sobre o autor

Jeane Ruchdeschel. Foto: Divulgação

Jeane Ruchdeschel. Foto: Divulgação

Jeane Ruchdeschel é Psicóloga, Especialista em Desenvolvimento Humano, Liderança e Life Coaching. Faz parte do Comitê de Cultura & Diversidade do Grupo Sá Cavalcante e atua como Coordenadora de Gente & Gestão da organização.

Nossa Voz

O NOSSA VOZ é um espaço comandado pelo Comitê de Cultura & Diversidade do Grupo Sá Cavalcante. O principal objetivo do grupo é discutir causas e problemas sociais e identificar as formas como as empresas podem atuar, para transmitir conhecimento, gerar inclusão e impactar positivamente a sociedade. Além de reforçar o compromisso e respeito com a vida e a diversidade.

Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam as ideias ou opiniões do ES360.