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Coluna Vitor Vogas

Quem são os candidatos a prefeito com mais dinheiro para a campanha

Saiba quanto já arrecadaram, a 30 dias do pleito, os candidatos a prefeito de Vila Velha, Vitória, Serra e Cariacica. E a origem dos recursos de cada

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Banestes lança novas linhas de crédito para empreendedores. Foto: Joelfotos/Pixabay

Dinheiro. Foto: Joelfotos/Pixabay

A exatamente 30 dias do 1º turno, nessa sexta-feira (6), a prestação de contas parcial dos candidatos à Justiça Eleitoral nos dá uma bela ideia de quem veio para essa campanha eleitoral com maior poderio econômico e das disparidades entre os candidatos a prefeito da Grande Vitória quando o assunto é dinheiro para financiar as respectivas campanhas.

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Desde a eleição de 2018, a principal fonte de financiamento de campanha no país é o famoso Fundo Especial de Financiamento de Campanha (vulgo Fundo Eleitoral), criado em 2018 e abastecido com recursos públicos, do orçamento da União. Além do financiamento público, candidatos podem investir nas próprias campanhas e receber doações de pessoas físicas. Doações de empresas são proibidas.

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Em Vila Velha, assim como no tamanho da coligação, no tempo de TV e rádio e nas intenções de voto em recentes pesquisas, o prefeito Arnaldinho Borgo sobra em matéria de arrecadação. Hoje, já tem mais de R$ 2 milhões declarados – a maior parte proveniente do Fundo Eleitoral e repassada por seu partido, o Podemos.

O montante de Arnaldinho é quatro vezes maior que o do segundo colocado, o Coronel Ramalho (PL), com R$ 505 mil.

Na outra extremidade, fazendo jus ao lema da “campanha de Davi contra Golias” – comum a candidatos do PSol –, o Professor Nicolas Trancho tem apenas R$ 12 mil, enquanto Gabriel Ruy (Mobiliza) arrecadou R$ 825,00, doados pelo próprio candidato.

Em Vitória, o prefeito Lorenzo Pazolini é quem mais tem dinheiro para a campanha: são R$ 2,7 milhões até o momento, a maior marca entre todos os candidatos da Grande Vitória. O dinheiro é todo do Fundo Eleitoral: R$ 2 milhões lhe foram repassados por seu partido, o Republicanos; os outros R$ 700 mil vieram do Progressistas (PP), sigla da sua candidata a vice-prefeita, Cris Samorini.

Pazolini tem quase três vezes o valor já recebido pelo segundo colocado desta parcial, Luiz Paulo (PSDB), com R$ 979 mil.

Dos seis candidatos em Vitória, quem tem menos recursos de campanha até o momento é Du (Avante). O empresário declarou R$ 300 mil em receitas. Todo esse dinheiro foi investido por ele mesmo, o segundo candidato a prefeito mais rico do Espírito Santo e o mais rico da Grande Vitória, com base nas declarações de bens dos candidatos à Justiça Eleitoral.

Desta vez, a deputada estadual Camila Valadão (PSol) não pode se queixar de uma campanha paupérrima. Da direção nacional do seu partido, a psolista já recebeu R$ 500 mil, além de mais R$ 50 mil da direção estadual da Rede. É pouco, certamente, na comparação com os R$ 2,7 milhões de Pazolini – dá menos de 20%. Mas “Davi contra Golias”, neste caso, seria um exagero.

Na Serra, já temos até o momento três campanhas milionárias, justamente as dos três candidatos que se mostram mais competitivas. Também nesse aspecto, há equilíbrio entre os três.

Weverson Meireles (PDT) lidera o levantamento, com pouco mais de R$ 2,1 milhões. Quase tudo veio da direção nacional do PDT.

Em segundo lugar está Audifax Barcelos (PP), com mais de R$ 1,7 milhão. Quase tudo veio da direção nacional do PP.

A terceira maior arrecadação é a de Pablo Muribeca (Republicanos): pouco mais de R$ 1,5 milhão. Quase tudo veio da direção nacional do Republicanos.

Um detalhe curioso na Serra é que os partidos das candidatas a vice de Weverson, Audifax e também do Professor Roberto Carlos (PT), todas mulheres, também já repassaram quantias do Fundo Eleitoral para as campanhas dos respectivos candidatos a prefeito.

Ainda na Serra, o candidato que menos arrecadou até agora é o empresário Wylson Zon (Novo) – isso se não quisermos considerar Antônio Bungenstab (PRTB), que ainda nem sequer prestou contas. Zon só tem R$ 17,5 mil, em três doações de pessoas físicas, incluindo ele mesmo, que investiu R$ 10 mil do próprio bolso. É menos que os R$ 20 mil doados por Sergio Vidigal (PDT) a Weverson, o candidato do prefeito. A soma arrecada por Weverson é 121 vezes maior que a de Zon.

Em Cariacica, o levantamento é liderado pelo atual prefeito: Euclério Sampaio já tem R$ 950 mil em recursos de campanha. Quase toda a quantia foi transferida pela direção nacional do seu partido, o MDB.

Euclério tem três vezes mais recursos que Célia Tavares e quase dez vezes mais que Ivan Bastos. A candidata do PT já recebeu R$ 320 mil, enquanto o do PL recebeu R$ 100 mil. Nos dois casos, as somas foram repassadas pelas direções dos respectivos partidos.

A seguir, passamos a apresentar os números e as principais fontes de arrecadação e financiamento de campanha de cada candidato nos quatro municípios destacados.

VILA VELHA

. Arnaldinho Borgo (Podemos): R$ 2.019.800,00

Só do Fundo Eleitoral: R$ 1,8 milhão (transferidos pela direção nacional do Podemos em 23 de agosto).

O resto corresponde a doações de pessoas físicas. O destaque fica para as contribuições financeiras de membros do atual escalão da Prefeitura de Vila Velha. O candidato a vice-prefeito de Arnaldinho, Cael Linhalis (PSB), e 14 secretários municipais, somados, doaram R$ 135,8 mil para a campanha.

. Coronel Ramalho (PL): R$ 505 mil

Só do Fundo Eleitoral: R$ 500 mil (em duas transferências da direção nacional do PL, no dia 28 de agosto).

Os outros R$ 5 mil foram doados pelo próprio candidato.

. Maurício Gorza (PSDB): R$ 312 mil

Toda a quantia provém do Fundo Eleitoral (transferida pela direção nacional do PSDB, em duas parcelas iguais, nos dias 30 de agosto e 5 de setembro).

. João Batista Babá (PT): R$ 157,5 mil

Toda a quantia provém do Fundo Eleitoral (repassada pela direção nacional do PT, em 21 de agosto).

. Professor Nicolas Trancho (PSol): R$ 12.050,72

A direção estadual do PSol repassou R$ 12 mil. Os outros R$ 50,72 correspondem a duas doações de pessoas físicas. Uma delas, via PIX, do cidadão Murilo Gomes da Silva, foi feita no incrível valor de 72 centavos.

. Gabriel Ruy (Mobiliza): R$ 825,00

A quantia foi doada pelo próprio candidato.

VITÓRIA

. Lorenzo Pazolini (Republicanos): R$ 2,7 milhões

Toda a verba vem do Fundo Eleitoral, assim dividida: R$ 2 milhões foram repassados pela direção nacional do Republicanos (em duas transferências) e R$ 700 mil, pela direção nacional do Progressistas, partido da candidata a vice de Pazolini, Cris Samorini (em uma transferência, efetuada em 26 de agosto).

. Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB): R$ 979 mil

Só do Fundo Eleitoral: R$ 974 mil (repassados pela direção nacional do PSDB, em uma transferência de R$ 924 mil, no dia 26 de agosto, e mais R$ 50 mil em 3 de setembro).

Os outros R$ 5 mil vêm do próprio Luiz Paulo.

. João Coser (PT): R$ 837.675,00

A soma integral veio do Fundo Eleitoral (repassada pela direção nacional do PT, no dia 21 de agosto).

. Assumção (PL): R$ 605.120,00

Só do Fundo Eleitoral: R$ 602 mil (repassados pela direção nacional do PL, em duas recentes transferências, nos dias 2 e 4 de setembro).

Além disso, Assumção doou a pequena quantia de R$ 3.120,00 para a própria campanha. Na sua declaração patrimonial, ele informou ter pouco mais de R$ 9 mil em contas bancárias.

. Camila Valadão (PSol): R$ 550 mil

Toda a quantia veio do Fundo Eleitoral: R$ 500 mil foram repassados pela direção nacional do PSol, no dia 26 de agosto; os outros R$ 50 mil vieram da direção estadual da Rede, no dia 4 de setembro.

. Du (Avante): R$ 300 mil

Toda a soma foi doada pelo próprio candidato (uma transferência, no dia 26 de agosto).

SERRA

. Weverson Meireles (PDT): R$ 2.120.000,00

Só do Fundo Eleitoral: R$ 2,1 milhões (R$ 2 milhões transferidos pela direção nacional do PDT no dia 23 de agosto, mais R$ 100 mil repassados pela nacional do MDB, partido da vice de Weverson, Delegada Gracimeri, em 4 de setembro).

Os outros R$ 20 mil foram doados pelo prefeito Sergio Vidigal (PDT) em 19 de agosto.

. Audifax Barcelos (PP): R$ 1.755.000,00

Só do Fundo Eleitoral: R$ 1.750.000,00 (R$ 1,5 milhão repassados pela direção nacional do PP em 26 de agosto, mais R$ 250 mil da direção nacional do PSDB, partido da vice de Audifax, Nilza Coutinho, em 3 de setembro).

. Pablo Muribeca (Republicanos): R$ 1.511.000,00

Só do Fundo Eleitoral: R$ 1,5 milhão (repassados pela direção nacional do Republicanos em 30 de agosto).

. Professor Roberto Carlos (PT): R$ 288 mil

Toda a quantia vem do Fundo Eleitoral (um repasse de R$ 280 mil feito pela direção nacional do PT em 26 de agosto e outro de R$ 8 mil feito pela direção municipal do PCdoB, partido da vice do candidato, Cida Alves, em 30 de agosto).

. Igor Elson (PL): R$ 250.200,00

Só do Fundo Eleitoral: R$ 250 mil (transferidos pela direção nacional do PL em 26 de agosto).

. Wylson Zon (Novo): R$ 17,5 mil

A pequena soma corresponde a três doações de pessoas físicas, sendo R$ 10 mil do próprio candidato.

. Antonio Bungenstab (PRTB): sem prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral

CARIACICA

. Euclério Sampaio (MDB): R$ 950 mil

Só do Fundo Eleitoral: R$ 800 mil, transferidos pela direção nacional do MDB no dia 4 de setembro.

Os R$ 150 mil restantes correspondem a doações de pessoas físicas.

. Célia Tavares (PT): R$ 320 mil

A soma vem integralmente do Fundo Eleitoral. Foi repassada pela direção nacional do PT no dia 21 de agosto.

. Ivan Bastos (PL): R$ 100 mil

Toda a quantia foi repassada pela direção nacional do PL, no dia 30 de agosto.


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