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Coluna Vitor Vogas

Marcos do Val afirma que teve suas redes desbloqueadas após 11 meses

“Preparem seus corações”, publicou senador. Em junho do ano passado, ele foi proibido de usar as redes sociais pelo ministro Alexandre de Moraes

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Marcos do Val está sendo investigado pelo STF. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O senador Marcos do Val (Podemos) declarou nesta terça-feira (14), pelo Instagram, que teve todas as suas redes sociais reativadas, após quase 11 meses proibido de usá-las por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

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Pela manhã, o senador postou: “Redes sociais liberadas. Voltamos. Preparem seus corações!” Na legenda, ele completou: “Voltamos e conto com essa legião de amigos seguidores para que nossa mensagem alcance o maior número de pessoas possíveis. Estamos juntos mais uma vez!”

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Por volta das 16 horas, também no Instagram, o senador publicou um vídeo feito no saguão de um aeroporto, pouco antes, segundo ele, de embarcar para Brasília. Pediu aos seguidores para espalharem a notícia de que suas redes foram reativadas:

“Como dizem, quem é vivo sempre aparece. Depois de onze meses sendo censurado, tem coisas que não dá pra acreditar… Mas a batalha não parou em nenhum minuto. Eu só não podia e não tinha como comunicar a vocês, porque tiraram todas as minhas redes sociais e me proibiram de dar até entrevistas, para me calar mesmo, censurar total. […] Mas quero dizer a vocês que não morri. Eu envergo, mas não quebro”.

No dia 15 de junho de 2023, data do seu aniversário, Do Val teve suas contas nas redes sociais bloqueadas por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator no STF do inquérito que apura responsabilidades pelos atos de selvageria praticados no dia 8 de janeiro do ano passado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Praça dos Três Poderes. A investigação corre em sigilo. No mesmo dia, o X (antigo Twitter), o Facebook e o Instagram derrubaram as contas oficiais do senador.

Também na referida data, o senador pelo Espírito Santo foi alvo de mandados de busca e apreensão, autorizados também por Moraes e cumpridos pela Polícia Federal em sua residência e em seu gabinete de representação parlamentar em Vitória, bem como em seu gabinete no Senado.

Do Val é investigado no STF por obstruir a Justiça nas investigações sobre o 8 de janeiro, incluindo a divulgação de documentos sigilosos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre os ataques às sedes dos Três Poderes. Segundo as investigações, entre os crimes em que ele pode ser enquadrado, está o de divulgar informações sigilosas que podem causar prejuízo a terceiros.

A operação contra o senador em 15 de junho de 2023 foi baseada em postagens dele em suas redes sociais. Também por ordem de Moraes, Do Val precisou prestar depoimento à Polícia Federal.

Em agosto do ano passado, o senador chegou a usar o plenário do Senado para reclamar da suspensão do uso de suas redes sociais. Disse que “a livre transmissão de pensamentos e opiniões é elemento fundamental dos mandatos parlamentares para estabelecer comunicação com os eleitores e com a população em geral”.

Do Val chegou a se licenciar do mandato em junho do ano passado, logo após ser alvo de busca e apreensão, e teve de ser substituído na CPMI que investigava os atos de barbárie praticados no 8 de janeiro. Em agosto, ele retornou ao cargo.

Por e-mail e aplicativo de mensagens, perguntamos à assessoria de Do Val nesta terça-feira se o ministro Moraes revogou a própria decisão que impunha o bloqueio das contas do senador. Até a publicação deste texto, não obtivemos resposta.

Enviamos o mesmo questionamento às assessorias do STF e do Senado. A do STF informou que o processo tramita em sigilo, logo não pode prestar informações. A do Senado respondeu que a gestão sobre as próprias redes sociais é de inteira responsabilidade dos senadores.


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