Coluna Vitor Vogas
Definida primeira candidata a vice-prefeita na Grande Vitória
Pedagoga efetiva da Prefeitura de Cariacica será a companheira de chapa de Ivan Bastos (PL) contra Euclério em Cariacica. Ela milita em movimento antiaborto
Existem alguns grandes favoritos, principalmente para as chapas dos prefeitos que vão buscar a reeleição: Cris Samorini (PP) para Lorenzo Pazolini (Republicanos) em Vitória; Bruno Lorenzutti (MDB) para Arnaldinho Borgo (Podemos) em Vila Velha; Shymenne de Castro (PSB) para Euclério Sampaio (MDB) em Cariacica. Agora, definido, definido mesmo, ainda não há nenhum candidato a vice-prefeito na Grande Vitória. Ou melhor, não havia. Agora surgiu a primeira.
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Na última sexta-feira (21), em um cerimonial no bairro São Francisco, o Partido Liberal (PL) confirmou a pré-candidatura do pastor Ivan Bastos a prefeito de Cariacica. No evento, foi anunciada outra decisão: a candidata a vice-prefeita de Bastos será a pedagoga Pammela Souza Imbroisi Fiorio, indicada pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB). Também de direita, a pequena sigla é, por ora, a única aliada ao PL no município. “Já está definido. Ela será minha vice”, assevera Bastos. A informação também é confirmada pelo presidente do PL em Cariacica, Adriano Pires, e pela própria companheira de chapa.
“Escolhi a Pammela por causa do partido dela, da proximidade com o PL e das causas que ela defende”, explica Bastos, referindo-se, principalmente, ao ativismo da pedagoga no movimento Pró-Vida, contrário à prática do aborto induzido.
Nascida na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, Pammela tem 36 anos. Após oito anos morando nos Estados Unidos, mudou-se para o Espírito Santo em 2005. Desde 2018, é moradora de Cariacica. Atualmente, vive no bairro Porto de Cariacica.
Estreante em eleições, Pammela é graduada em Relações Internacionais (UVV) e Pedagogia (Fabra na Serra), além de ter mestrado em Políticas Públicas pela Emescam, com ênfase na área da educação na perspectiva da inclusão. É pedagoga concursada da Secretaria de Educação de Cariacica. No ano passado, ministrou formação para pedagogos da rede municipal. Também já lecionou em cursos de pós-graduação em instituições como a Cesap e a Fabra (atual Faculdade Brasileira Cristã), a distância.
A pré-candidata a vice-prefeita é militante do movimento antiaborto Pró-Vida, voltado para a luta contra o que ela mesma define como “cultura da morte”. “Somos um movimento social não organizado institucionalmente no país, mas formado por indivíduos que atuam dentro do Pró-Vida, cuja principal característica são os trabalhos contra a ‘cultura da morte’, em defesa dos mais vulneráveis entre os vulneráveis: a criança no ventre da mãe. Precisamos trazer às pessoas esclarecimentos sobre a ‘cultura da morte’, pois há muita desinformação.”
Segundo Pammela, o movimento também se opõe ao que ela chama de “ideologia de gênero” e à obrigatoriedade da apresentação do passaporte vacinal.
Católica, a pedagoga ainda dá aulas de formação no Centro Anchieta – núcleo católico de estudos, de orientação conservadora, localizado em Vitória. Seus cursos, segundo ela, são relacionados à agenda do Pró-Vida e ao desenvolvimento infantil.
Após uma breve passagem pelo PL, Pammela filiou-se, no início do ano, ao PRTB. Agora, prepara-se para participar da sua primeira eleição. “Só me filiei realmente quando vi que não tínhamos mesmo outro jeito na luta pró-vida. O tempo chegou. Não tem mais jeito.”
Pammela é mãe de quatro filhos. Um deles é autista e outro tem altas habilidades. Ela mesma também tem altas habilidades, conforme contou à coluna.
Sargento Nunes no PL
Em maio, o Sargento Nunes foi um dos cinco vereadores que foram declarados eleitos e tomaram posse extemporaneamente, na Câmara de Cariacica, após a cassação de cinco parlamentares pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES), por fraude à cota de gênero no pleito de 2020.
Agora, o subtenente da Polícia Militar do Espírito Santo decidiu disputar a reeleição pelo PL. A decisão foi anunciada também na última sexta-feira, durante o encontro do partido em Cariacica.
Nunes foi candidato em 2020 pelo PTC, atual Agir, mas atualmente está sem partido. Como militar, ele só precisa se filiar no ato de registro de candidatura. “Sargento Nunes” foi seu nome de urna na última eleição municipal. Depois disso, ele foi promovido a subtenente. Mas o nome “pegou”, ele o usa como vereador e com a alcunha vai concorrer de novo.
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