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Coluna Vitor Vogas

Assembleia será interditada e botará centenas de assessores em home-office

Palácio Domingos Martins está passando pela maior reforma estrutural desde que foi inaugurado, nos anos 1990. Interdição será parcial e irá até o fim do ano

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Palácio Domingos Martins, sede da Assembleia Legislativa do ES (Ales)

Palácio Domingos Martins, sede da Assembleia Legislativa do ES (Ales)

O Palácio Domingos Martins, sede da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), será parcialmente interditado a partir da próxima segunda-feira (16), para a realização de reformas no prédio. A parte interditada será a torre onde ficam os gabinetes dos 30 deputados estaduais. Durante o período da interdição, que pode ir até o fim do ano, todos os servidores que dão expediente na torre serão colocados em regime de teletrabalho (o popular home-office).

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A informação foi confirmada nessa segunda-feira (9) pelo secretário de Comunicação da Ales, Guto Netto, em nota enviada à coluna em resposta a nossos questionamentos:

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“O projeto, já em andamento, segue um cronograma para minimizar impactos nas atividades legislativas, com previsão de conclusão em 120 dias. Todas as etapas seguem rigorosamente os princípios da economicidade e da transparência. Para garantir a eficiência das obras e minimizar o impacto na rotina da Casa, evitando acidentes, a Torre Legislativa será interditada a partir de 16 de setembro. Durante a interdição, os servidores dos gabinetes parlamentares continuarão suas atividades em regime de teletrabalho, com suporte de equipamentos e acesso a sistemas em nuvem, garantindo o funcionamento do Poder Legislativo capixaba, em consonância com os setores administrativos, que seguirão sua rotina habitual”.

Cada deputado estadual pode manter até 19 assessores de gabinete. Nem todos os deputados preenchem o número máximo de assessores e nem todos os assessores são obrigados a bater ponto na sede do Poder Legislativo, mas, no limite, o número de assessores parlamentares colocados em home-office pode chegar a 570. Isso contando apenas os 30 gabinetes, sem considerar outros departamentos que também funcionam na Torre Legislativa.

Levada a cabo pela administração do presidente Marcelo Santos (União Brasil), essa é a maior reforma estrutural do Palácio Domingos Martins desde que a suntuosa sede na Enseada do Suá foi inaugurada, em meados dos anos 1990. É o que destaca o secretário de Comunicação da Ales. Da nota enviada por ele, infere-se um “palácio” com seríssimos problemas estruturais. Segundo Guto Netto, a Diretoria de Infraestrutura da Casa identificou “diversas patologias que necessitam de atenção imediata”. Ele enumera os problemas:

“Este projeto ambicioso visa transformar e modernizar a infraestrutura do edifício, que apresenta sistemas desatualizados e sinais evidentes de desgaste. Foram constatados sistemas elétricos e hidráulicos ultrapassados e deteriorados. Recentemente, o sistema de refrigeração colapsou devido à manutenção precária, pois o maquinário está obsoleto e sem peças para reposição. Outra ação necessária é a modernização dos elevadores, que contarão com um sistema sonoro de última geração para garantir acessibilidade total às pessoas com deficiência visual”.

Os problemas também adentram o Plenário Dirceu Cardoso, onde são realizadas as sessões: “O plenário apresenta falhas frequentes durante as sessões ordinárias, com cabos danificados que requerem conserto imediato para assegurar que os trabalhos parlamentares ocorram sem interrupções. O mobiliário deteriorado representa risco de acidentes, necessitando substituição”.

Os gabinetes dos deputados também passarão por reformas:

“A modernização dos gabinetes parlamentares e das comissões temáticas incluirá a instalação de divisórias piso-teto que aprimoram a acústica, proporcionando ambientes de trabalho mais silenciosos e propícios à concentração. Isso melhorará as condições de trabalho e o atendimento à população, com foco especial em sustentabilidade. A manutenção preventiva evita que situações mais complexas demandem investimentos maiores no futuro. As intervenções incluem a substituição de mobiliário antigo por peças modernas e funcionais, atualizações estruturais, modernização das instalações elétricas, hidráulicas e de rede, e pintura geral. A padronização visual, com identidade moderna e sóbria, também é uma prioridade”.

E não para por aí. A reforma vai do piso à laje, passando por atualização do sistema de refrigeração e troca do sistema de iluminação:

“A impermeabilização da laje, crucial para resolver problemas de vazamentos e preservar a estrutura do edifício, está sendo realizada junto com a atualização completa dos sistemas de ar-condicionado, combate a incêndio, elétrica e iluminação. […] Além disso, a troca das lâmpadas fluorescentes por lâmpadas LED reduzirá o consumo de energia e os custos operacionais, enquanto a substituição dos pisos por materiais que oferecem conforto térmico e facilidade de manutenção melhorará a qualidade do ambiente interno. O forro de gesso será substituído por placas modulares de fibra mineral, que são mais duráveis e facilitam futuras manutenções”.

O custo da reforma não foi informado. Em agosto, a Assembleia recebeu crédito suplementar de mais de R$ 20 milhões do Governo do Estado.


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