Coluna Inovação
Economia verde, economia do espaço, economia azul
Neste tempo em que se fala de reindustrialização, neoindustrialização, novas políticas industriais, offshoring, nearshoring ou friendshoring, algumas grandes mudanças se apresentam sobre o futuro que estávamos acostumados a considerar nas oportunidades de negócios na indústria e nos serviços.
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A economia verde, a economia do espaço e a economia azul se colocam agora como grandes tendências para avaliações estratégicas.
Dentro do que se considera como economia verde estão as buscas por : descarbonização, transição energética, redução de impactos climáticos, eficiência no uso de recursos naturais, inclusão social, reciclagem e reuso de bens, utilização de energias renováveis e limpas e valorização da biodiversidade dos ecossistemas.
Na economia espacial, desenvolvida a partir do lançamento do sputnik em 1957, tomaram a frente os satélites de comunicação, enquanto a colonização de outros planetas ficava amarrada pelos altos custos. Isso mudou mais recentemente com o movimento privado dos bilionários Elon Musk, Jeff Bezos e Richard Branson que disputam a primazia da nova corrida espacial. De acordo com a organização sem fins lucrativos Space Foundation, a economia espacial foi avaliada em US$ 469 bilhões em 2021, um aumento de 9% em relação a 2020, o maior crescimento registrado desde 2014.
Os custos de lançamentos pesados em órbita baixa da Terra (LEO) caíram de US$ 65.000 por quilo para US$ 1.500 por quilo (em dólares de 2021) — uma redução superior a 95%. Projeto auxiliado por computador, impressão 3-D e outras inovações contribuíram para a redução de custos, assim como o desenvolvimento de componentes reutilizáveis e o recente aumento na frequência de lançamentos.
Por sua vez, a economia azul é um termo da economia relacionado com a exploração, preservação e regeneração do ambiente marinho. Isso pode incluir uma ampla gama de setores econômicos, desde a pesca mais convencional, aquicultura, transporte marítimo, turismo náutico, equipamentos e serviços portuários ou outros usos tradicionais, até atividades mais emergentes, como energia eólica offshore, mineração do fundo do mar e bioprospecção ou a geração do chamado crédito de carbono azul , ou seja, o carbono capturado pelos ecossistemas costeiros.
A biotecnologia marinha, às vezes também chamada de “biotecnologia azul”, é uma disciplina emergente baseada no uso de organismos marinhos, seus genomas ou produtos derivados, para o benefício do homem.
Uma gigantesca biodiversidade é encontrada nos mares. Os oceanos são reconhecidos como o ambiente onde a vida surgiu e a partir do qual ela se disseminou pela Terra. Porém, apenas algumas formas de vida marinha tiveram sucesso ao migrar para o ambiente terrestre. Como os oceanos cobrem mais de dois terços do planeta, é natural que a maior biodiversidade esteja exatamente nos oceanos. Estima-se que cerca de 80% das espécies descritas até hoje, algo próximo de 230.000 espécies, habitem o ambiente marinho.
No Brasil, temos, por enquanto, reduzidas possibilidades na economia espacial, fora a Base de Alcântara e alguns projetos de satélite, mas a economia verde já está entrando na nossa pauta com força e a economia azul, com nossos 8.500 quilômetros de costa, sem trocadilho, pode ser a nossa praia – se apoiada com vontade.
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