Impacto da Inteligência Artificial cresce com novas descobertas

Alberto Ferreira de Souza, professor emérito do departamento de informática da Ufes. Foto: Larissa de Angelo

Alberto Ferreira de Souza, professor emérito do departamento de informática da Ufes, foi o convidado do quadro “Inovação”, exibido às terças-feiras no programa “EStúdio 360, 2ª edição”, da TV Capixaba/Band. A Inteligência Artificial (IA) está mudando o mundo em uma velocidade surpreendente, e seus impactos são comparados a revoluções anteriores como a eletricidade e a internet. Recentemente, o Prêmio Nobel de Física foi concedido a estudiosos ligados à IA, um marco que ressalta a importância dessa tecnologia no cenário global. As descobertas desses pesquisadores foram fundamentais para o desenvolvimento de redes neurais, a base da IA moderna que utilizamos diariamente.

De acordo com o professor, a tecnologia teve um grande salto a partir de 1982, quando o físico John Hopfield encontrou uma solução para o problema de treinamento de grandes redes neurais. Isso abriu portas para as aplicações de IA que hoje permeiam diversas áreas da sociedade.

IA no cotidiano

Embora a Inteligência Artificial esteja cada vez mais presente no dia a dia, a percepção pública ainda é de que essa tecnologia está distante. No entanto, dispositivos como celulares e assistentes virtuais já utilizam IA para melhorar a experiência do usuário. O professor compara o avanço da IA à chegada da internet nas residências, que levou um tempo para ser amplamente adotada. Ele acredita que o uso frequente da IA no cotidiano das pessoas será apenas uma questão de tempo.

Durante os anos 1990, a internet passou por uma transformação semelhante. No início, era utilizada principalmente pela comunidade científica. Aos poucos, buscadores como o Google facilitaram o acesso e permitiram que empresas e usuários comuns pudessem aproveitar suas potencialidades. Da mesma forma, a IA está rapidamente se integrando aos serviços que utilizamos, e sua adoção só tende a aumentar.

Impacto da IA

Os avanços da Inteligência Artificial não se limitam ao uso cotidiano. De acordo com o professor Souza, a ciência e o comércio foram áreas que se beneficiaram muito da IA. Ferramentas de aprendizado profundo, como o Deep Learning, permitiram um salto de qualidade na capacidade de máquinas reconhecerem padrões complexos, como placas de trânsito ou sinais visuais em veículos autônomos.

O desenvolvimento dessas tecnologias, que começou de maneira mais experimental no início dos anos 2000, agora já oferece resultados práticos. Isso evidencia o impacto de redes neurais profundas, que têm evoluído em um ritmo impressionante. Segundo o professor, em 2012, essas inovações ainda estavam dando os primeiros passos, mas hoje são uma parte integral de projetos avançados.

Futuro

Outro ponto destacado pelo professor Souza é a velocidade com que os avanços da IA estão ocorrendo. Projetos que antes levavam anos para se desenvolver, agora são realizados em meses. Ele acredita que estamos vivendo uma nova fase de aceleração tecnológica, semelhante à que foi observada com o surgimento de ferramentas como o Google.

Empresas ao redor do mundo estão correndo para adaptar suas operações e se posicionar nesse novo cenário. Isso também traz desafios, especialmente para equipes de pesquisa que precisam acompanhar o ritmo frenético dos desenvolvimentos globais.

Confira a entrevista completa

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