Instituto Das Pretas lança cursos digitais gratuitos

Com o apoio da Suzano e por meio da iniciativa Rede Fortalece, o Instituto Das Pretas lançou uma plataforma de Ensino à Distância com cursos gratuitos e vai entregar cursos digitais gratuitos, com certificado e acessibilidade em libras para pessoas periféricas que desejam atuar ou já atuam com empreendedorismo.

O Das Pretas é um Laboratório de Inovação e Tecnologia Social, 100% afrocentrado. A Rede Fortalece é uma iniciativa dedicada ao fortalecimento do empreendedorismo periférico que possui uma rede forte de conexões e oportunidades, com encontros presenciais, mentorias e agora, também, uma plataforma online gratuita de capacitação empreendedora, empoderamento individual e coletivo. A plataforma chega para apoiar empreendedores periféricos, prioritariamente mulheres negras ou indígenas e jovens, capacitando-os com ferramentas e recursos necessários para criar negócios sustentáveis e promover mudanças positivas em seus territórios.

O projeto existe há quatro anos e já impactou a vida de mais de 5.300 empreendedores periféricos. Desde 2023, a Suzano apoia o Instituto Das Pretas e a atuação da Rede Fortalece, especialmente na área Norte do Estado do Espírito Santo, onde estão os municípios de Aracruz, Ibiraçu, Linhares, São Mateus, Conceição da Barra entre outros.

“Acreditamos firmemente no poder da educação como um catalisador para a inclusão produtiva, geração de renda e diferenciais técnicos no mercado, e estamos comprometidas em apresentar as oportunidades de conhecimento e outros tantos acessos, inclusive os financeiros, a partir deles para nossos territórios periféricos”, diz a CEO do Instituto, Priscila Gama.

MULHERES DO CAFÉ

Hoje a coluna apresenta mais um projeto inédito no Espírito Santo: o “Mulheres do Café”. O projeto começou em Abril e atende todo o Estado com ações de agregação de valor à produção cafeeira e enfoque na valorização do trabalho feminino na cafeicultura capixaba. O distrito de Pedra Menina, em Dores do Rio Preto, sediou o início das ações que visam estimular mulheres capixabas na produção de cafés especiais e na integração em diversas atividades, como cursos, dia de campo, rotas turísticas e mais. Mulheres cafeicultoras e iniciantes na atividade, participaram do primeiro curso do projeto com o tema “cafés especiais”.

A ação foi organizada pelas extensionistas do Incaper local Patrícia da Matta e Priscila Nascimento. A trocas de conhecimento em cafés especiais entre as mulheres, a apresentação do projeto “Mulheres do Café” e a prática de análise sensorial de amostras de café, estiveram entre os destaques programação. O “Mulheres do café é pertencente ao INOVAGRO, com apoio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e coordenado pela extensionista do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Patrícia Morais da Matta Campbell.

A meta é atender, durante dois anos consecutivos, pelo menos 1000 cafeicultoras capixabas. Durante esse período serão executadas diversas ações como criar roteiros turísticos, criar e divulgar um portfólio dos cafés especiais produzidos por mulheres; realizar o primeiro concurso Estadual de cafés especiais para mulheres; estruturar uma unidade móvel, que servirá de apoio a eventos em todo Estado, oferecendo cursos e degustações. Entre as ações também estão previstas capacitações sobre empreendedorismo, mercado, turismo rural e técnicas de produção, análise física e sensorial para mulheres e a divulgação dos cafés femininos do Estado, em eventos estaduais e nacionais. A extensionista do Incaper explicou que a ideia surgiu da necessidade de dar ainda mais visibilidade ao trabalho que tantas mulheres desempenham na cafeicultura.

“O café é a principal cultura produzida no Espírito Santo e as mulheres muitas vezes são protagonistas nessa cadeia produtiva. Além disso, gostaríamos de dar oportunidade a todas aquelas que desejam ingressar no segmento de cafés especiais, oferecendo desde apoio emocional até treinamentos técnicos e específicos dentro do universo dos cafés de qualidade”, salientou Patrícia da Matta.

De acordo com o Censo Agropecuário (2017) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Espírito Santo tem 108.014 estabelecimentos agropecuários, dos quais, 14.661 são dirigidos exclusivamente por mulheres.

Segundo informações coletadas no Sistema Informatizado de Ater (Siater) do Incaper, nos últimos três anos, foram realizados 17.457 atendimentos feitos pelo Incaper em cafeicultura e destes, apenas 4.203 foram para as mulheres.

PRÊMIO MULHERES DE VALOR BRASIL

Após sucesso no Espírito Santo a premiação “Mulheres de Valor Brasil” vem ganhando o país e chegou às mãos da eterna rainha dos baixinhos, Xuxa Meneghel que recebeu com orgulho o Prêmio Mulheres de Valor Brasil, uma premiação capixaba que agora ganha projeção nacional, com agendas já confirmadas nas principais capitais do país. Em um gesto de compartilhamento da conquista, a apresentadora postou em seus Stories no Instagram oficial a carta personalizada e o troféu de excelência recebidos.

No entanto, a empresária Aline Alves Salvatto, enfrentou um contratempo inesperado após a publicação, quando seu perfil no Instagram foi temporariamente suspenso devido a diversas interações simultâneas. Diante disso, precisou fazer uma apelação direta à plataforma para recuperar o acesso. Esse episódio ressalta não só a repercussão imediata do prêmio e da apresentadora, mas também destaca a importância e o alcance do evento que tem feito a diferença na vida de milhares de mulheres anualmente.

Aline Salvatto é empresária há 20 anos e idealizou essa premiação que é exclusiva para mulheres. A edição no Rio de Janeiro, realizada em 23/05, foi um sucesso, homenageando mais de 70 mulheres cariocas. Com edições já agendadas em São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Paraíba, o evento promete destacar e homenagear mulheres que se destacam em suas comunidades, inspirando e impactando positivamente suas áreas de atuação.

O “Mulheres de Valor Brasil” tem como objetivo principal reconhecer o talento, a liderança e as contribuições significativas das mulheres em diversos setores da sociedade. Com a expansão para outras regiões do país, o “Mulheres de Valor Brasil” busca não apenas celebrar as conquistas individuais, mas também criar uma rede de apoio e inspiração que transcende fronteiras geográficas.

LIDERANÇA FEMININA

Você sabia que líderes femininas são melhores em reter talentos nas empresas?

Uma pesquisa da Harvard Business Review mostrou que mulheres na liderança têm times mais engajados, melhores performances e índices de satisfação no trabalho. Mulheres ocupam 38% dos cargos de liderança no Brasil e são mais bem avaliadas pelo time. CEOs mulheres são melhores gestoras, além de mais populares e confiáveis, na avaliação dos colaboradores.

Outra pesquisa, desta vez da FIA Business School, analisou respostas de mais de 150 mil funcionários de 150 grandes empresas do país premiadas com o selo Lugares Incríveis para Trabalhar 2023. A conclusão foi que as mulheres ocupavam 38% dos cargos de liderança no Brasil em 2023, mantendo a proporção do ano anterior.

Sem dúvida alcançar quase 40% demonstra algum avanço no assunto, mas as empresas ainda têm desafios importantes pela frente.

EMPREENDEDORAS EM AÇÃO

Todas as sextas-feiras, uma feira diferente leva um colorido especial ao Shopping Boulevard da Praia, na Praia do Canto, em Vitória. É a feira de artesanato do grupo “Empreendedoras em Ação”. À frente do projeto está Bela Romania, líder do Instituto Mulheres em Ação pela Cidadania (IMAC), localizado em Andorinhas, que em parceria com a Prefeitura de Vitória, oferece cursos de qualificação na área de empreendedorismo feminino inclusivo para 98 mulheres.

As artesãs filiadas ao IMAC são moradores de diferentes bairros da Grande Vitória e têm a oportunidade de expor e vender seus produtos no ramo do crochê, costura criativa, semijoias, bijuterias, panos de prato, mesa-posta e perfumaria.

O trabalho realizado por Bela é totalmente voluntário: “Meu trabalho com o grupo de mulheres é totalmente voluntário, mas o ganho emocional que eu tenho vendo o resultado delas é enome”.

Serviço:
Feira de Artesanato Empreendedoras em Ação – IMAC ANDORINHAS
Shopping Boulevard da Praia
Sextas feiras, das 13 às 19h

BICAMPEÃ MUNDIAL DE BODYBOARDING

A Bicampeã mundial de bodyboarding, Luna Hardman, foi recebida com festa no aeroporto de Vitória. Ela desembarcou na manhã desta terça feira (28) trazendo o troféu do título da Pro Junior, conquistado no Chile, no Antofagasta Bodyboard Festival, na quinta-feira passada (23)
A bicampeã foi recepcionada pelos amigos e carregada nos braços. Luna, 18 anos, é destaque da nova geração Ela havia sido campeã pela primeira vez em 2022. Este é o seu último ano na Pro Junior e, agora, foca exclusivamente na Profissional.

Luna chegou ao lado da mãe, Neymara Carvalho, pentacampeã mundial e 10 vezes campeã brasileira. As duas posaram juntas para as fotos e não esconderam a emoção e a alegria com a conquista e o retorno ao Espírito Santo com o troféu.

“Muito feliz com esse segundo título mundial. Era a minha maior meta para 2024. Agora me despeço dessa categoria e sigo com foco total na Profissional”, afirmou Luna, patrocinada pela ArcelorMittal e apoiada pelo Instituto Neymara Carvalho.

Luna encerrou a temporada como a primeira do ranking mundial da Pro Junior, com 3.720 pontos, e é a segunda colocada na Profissional, com 4.770 pontos. A carioca, radicada no Espírito Santo, Maíra Viana, lidera com 4.845 pontos e chegou no mesmo voo.

A capixaba conquistou o título em uma bateria desempate, em uma disputa muito equilibrada com a portuguesa Luana Dourado. Elas chegaram à decisão empatadas na liderança após as duas etapas do Circuito Mundial Pro Junior. Depois de vencer a etapa do Espírito Santo, no Brasil, o ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro, em abril, Luna terminou na segunda colocação no Antofagasta Bodyboard Festival. Já a portuguesa ficou em segundo na etapa brasileira e em primeiro na chilena.

O DESAFIO DE SER MÃE NO MERCADO DE TRABALHO

Pesquisas mostram que quase metade das mulheres é demitida após a volta da licença maternidade. A estatística comprova um grande desafio: ser mãe e profissional. Conciliar a maternidade com o mercado de trabalho é um velho dilema.

O desejo de ser mãe muitas vezes é adiado por medo de perder vantagens competitivas no mercado de trabalho. Um desafio que continua mais atual do que nunca.

Uma pesquisa norte americana feita pela Win, uma provedora de benefícios de construção familiar, com 1.000 mulheres norte-americanas descobriu que aproximadamente 36% das mulheres adiam a maternidade devido à preocupação com o impacto que terá em suas carreiras. Esse número reflete a difícil decisão que muitas mulheres enfrentam ao equilibrar suas ambições profissionais com o desejo de ter filhos.

O Ministério da Saúde do Brasil em 2021 mostrou que a porcentagem de mulheres que optou pela maternidade após os 40 anos aumentou para 49,5% em 20 anos.

O medo de prejudicar suas oportunidades de avanço na carreira, ou de perder vantagens competitivas no mercado de trabalho, muitas vezes leva as mulheres a postergar a maternidade para um momento em que se sintam mais seguras em suas posições profissionais. O percentual de mulheres executivas sem filhos (45%) é mais do que o dobro do número de homens em cargos de liderança (19,3%).

Para a Psicóloga Tainá Tatagiba, que guia mulheres na construção da autonomia emocional e em relações saudáveis, a própria sociedade ainda coloca muitas barreiras:

“É importante a gente observar que a mesma sociedade que pressiona as mulheres para se tornarem mães é a que depois fecha as portas, não dando condições para essas mulheres trabalharem e exercerem suas profissões”

Mesmo após o retorno ao trabalho após a licença-maternidade muitas mulheres enfrentam discriminação e até demissão.

Importante que essas mulheres busquem informações sobre seus direitos nessas situações. Por isso, sempre recomendo procurar advogados que trabalhem com perspectiva de gênero. Se possível, é fundamental que essas mulheres tenham uma rede de apoio. E é importante lembrar que pai não é rede de apoio”, explicou a psicóloga @tainatatagiba.psi.

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