Bem-estar
Sintomas de ataques cardíacos vão além de dor no peito. Entenda
Em 15 anos, os casos de infarto no Brasil mais do que dobraram. Além de dor no peito, tontura e náusea também estão relacionadas à doença
O aumento no número de casos de ataques cardíacos entre jovens vem preocupando os médicos. Na última semana, a notícia de que Bronny James, filho do jogador de basquete Lebron James, sofreu uma parada cardíaca enquanto treinava na Califórnia levantou o alerta mais uma vez.
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No Brasil, os casos de infarto por mês mais que dobraram nos últimos 15 anos. Segundo os dados do Instituto Nacional de Cardiologia, a média mensal de internação também subiu quase 160% no período, principalmente entre jovens de até 30 anos.
A médica cardiologista Tatiane Emerich explica um dos principais motivos desse aumento é a mudança no estilo de vida que a população tem adquirido ao longo dos anos. Isso porque as pessoas estão sendo diagnosticadas cada vez mais jovens com diabetes, hipertensão e outras doenças que, antigamente, eram consideradas doenças de “pessoas velhas”.
“Tem uma pesquisa recente, feita no Brasil, que mostrou que mais de 50% da população brasileira é sedentária. Isso vai impactar diretamente na saúde cardiovascular, não tem jeito. Essas mudanças que a gente tem visto, tem antecipado esses fatores de risco que são aqueles diretamente ligados ao infarto”, ressalta.
Sintomas
A maior parte das pessoas associa o infarto e a parada cardíaca à dor no peito, porém ela não é a única forma de se alertar para o problema. É importante entender que a dor do ataque cardíaco pode irradiar para o pescoço ou para o braço.
Dor na mandíbula, cansaço, tontura e falta de ar também são sintomas importantes de serem destacados. Além disso, dor no estômago, com sensação de azia e náusea, também pode ser sintomas de um ataque cardíaco.
Outro fator é a sensação de náusea ao fazer qualquer tipo de esforço, principalmente se for seguida por uma sudorese fria. “Muitas vezes, a pessoa procura um gastro porque algo está incomodando no estômago e aí a gente tem que entender que pode ser um sinal atípico de que o coração está reclamando”, pontua.
Em atletas
Entretanto, um atleta de apenas 18 anos, como o filho de Lebron, mesmo sendo extremamente ativo, pode sofrer uma parada cardíaca. De acordo com a estimativa, um a cada 50 mil atletas tem parada cardíaca por ano, ou seja, é um fenômeno raro, mas possível de acontecer.
“Geralmente [o infarto em jovens atletas] está relacionado com uma doença chamada miocardiopatia hipertrófica, onde a espessura do músculo do coração é mais grossa e a gente consegue diagnosticar isso. Além disso, tem outras doenças que aumentam a chance de arritmia que podem levar à parada cardíaca”, destaca.
A médica ainda alertou que se a pessoa é ativa, e nunca sentiu nenhum tipo de problema ao realizar a atividade, caso sinta qualquer tipo de sintoma, é importante buscar um atendimento o mais rápido possível.
“A gente fala que o coração é um músculo que depende do tempo então se a gente consegue um atendimento rápido, a chance de sobreviver ou de não ter uma sequela, que é a insuficiência cardíaca, é muito maior”, alerta.
Confira a entrevista completa
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