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Bem-estar

Sinais sutis podem indicar início do Parkinson, alertam especialistas

Tremores, lentidão nos movimentos e alterações na escrita podem indicar o início do Parkinson, que afeta milhões no mundo

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Parkinson

Parkinson. Foto: FreePik

Um tremor leve nas mãos, dificuldade para escrever ou um sono mais agitado. Sinais aparentemente inofensivos como esses podem indicar o início da Doença de Parkinson, um distúrbio neurológico degenerativo que atinge milhões de pessoas no mundo. Nesta quinta-feira (11), data em que se celebra o Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson, médicos alertam para a importância de identificar precocemente os sintomas, o que pode fazer diferença no controle da progressão da enfermidade.

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Embora a doença esteja geralmente associada à terceira idade, ela também pode se manifestar antes dos 50 anos. O principal sintoma conhecido é o tremor involuntário, mas há outros sinais precoces que muitas vezes passam despercebidos.

Lentidão dos movimentos e alterações na escrita

De acordo com o superintendente de Medicina Preventiva da MedSênior, Roni Mukamal, a lentidão para realizar tarefas simples é um dos principais alertas. “Tarefas como abotoar uma camisa ou amarrar os sapatos começam a exigir muito mais esforço. A rigidez muscular também pode dificultar a locomoção. Além disso, a escrita pode mudar: a letra tende a ficar menor e mais apertada, o que chamamos de micrografia”, explica o médico.

Outros sintomas menos óbvios incluem perda do olfato, alterações na expressão facial — deixando o rosto mais rígido e com pouca variação emocional — e distúrbios do sono. Problemas na postura, na voz e constipação frequente também podem surgir nos estágios iniciais.

Adaptações em casa e apoio emocional fazem diferença

O diagnóstico costuma trazer incertezas para os familiares, principalmente sobre a evolução da doença e as adaptações necessárias. Segundo Mukamal, cada caso tem uma evolução única, mas o suporte emocional e as mudanças no ambiente são fundamentais. “É essencial que a família busque informações e orientação médica desde o início. Criar um ambiente acolhedor e seguro contribui para o bem-estar do paciente”, afirma.

Para reduzir o risco de acidentes, o médico recomenda mudanças simples, como retirar tapetes soltos, reorganizar móveis para facilitar a circulação e instalar barras de apoio em locais estratégicos da casa, como banheiros e corredores.

Tratamento combina medicamentos, terapias e exercício

Embora ainda não exista cura para o Parkinson, o tratamento pode controlar os sintomas e retardar o avanço da doença. O protocolo costuma incluir medicamentos que ajudam a compensar a perda de dopamina, hormônio responsável pelo controle dos movimentos. Terapias como fisioterapia, fonoaudiologia e psicoterapia também fazem parte do cuidado multidisciplinar.

A prática regular de exercícios físicos ajuda a manter o equilíbrio, a força muscular e o bem-estar emocional. A participação em grupos de apoio também é incentivada, pois permite a troca de experiências entre pacientes e familiares. “Esse contato cria uma sensação de pertencimento e ajuda a enfrentar os desafios com mais preparo. O acompanhamento psicológico também é essencial para lidar com os impactos emocionais da doença”, reforça Mukamal.

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