fbpx

Bem-estar

Simples hábito de coçar os olhos pode prejudicar a sua visão

Ceratocone faz com que a córnea seja projetada para frente, deixando-a em um formato de cone, causando astigmatismo e miopia de forma mais grave

Publicado

em

Doença não tem cura mas pode ter regressão em caso de tratamento. Foto: Freepik

Sabe aquela esfregadinha no olho, que parece bem inofensiva no dia a dia? É importante ficar atento a ela porque pode gerar uma doença de nome difícil, quase desconhecida e que muita gente nem conhece: a ceratocone.

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

A doença atinge a córnea, deixando a estrutura bem fina e com uma curvatura para frente, criando um formato de cone, daí vem o nome ceratocone (córnea + cone). Essa enfermidade compromete a visão, podendo levar a um grau elevado de astigmatismo irregular e miopia.

De acordo com Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), em 2020, o ceratocone foi um dos principais motivos dos quase 13 mil transplantes de córnea realizados no Brasil. Por isso, oftalmologistas alertam que é importante prestar atenção em qualquer sinal de desfoque da visão para conseguir buscar um diagnóstico precoce.

O oftalmologista Bruno Valbon explica que a doença pode começar a se manifestar a partir dos 10 anos de idade principalmente por ser de caráter hereditário. Até por volta dos 35 anos, o ceratocone ainda pode progredir.

Além do caráter hereditário, Valbon ressalta que também existe a questão ambiental, em que os pacientes muito alérgicos acabam coçando muito os olhos ou até mesmo quem precisa trabalhar muitas horas em frente às telas, deixando a visão cansada e provocando a deformação da córnea.

“O principal sintoma é a visão desfocada e sensibilidade à luz. Geralmente, o paciente coça muito o olho, o que traz a piora da progressão do ceratocone. O ato de coçar o olho acaba provocando microtraumas, deformações na córnea, progredindo para um ceratocone mais grave”, alerta.

Tratamento

É importante destacar que a doença é bilateral e assimétrica, ou seja, os dois olhos podem ser afetados de formas diferentes. Para isso, é importante que haja um tratamento de acordo com o grau de avanço da doença.

Nos graus iniciais, o uso de óculos é suficiente para recuperar a qualidade da visão. A medida que a doença progride, as lentes de contato passam a ser as melhores opções porque ajudam a ajustar a superfície da córnea.

Se o ceratocone já estiver mais avançado, é necessário o tratamento com crosslinking, um procedimento que dá maior resistência à córnea através da raspagem local, aplicação de colírio e do uso de raios ultravioletas.

Outra opção é utilizar o anel intraestromal que tem objetivo de regular as deformações. Esses anéis podem ser implantados de acordo com o grau do paciente, que fará com que haja a correção tanto do formato quanto de outras irregularidades.

Em último caso, a opção é fazer o transplante de córnea. Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), só em 2020, o ceratocone foi um dos principais motivos dos quase 13 mil transplantes de córnea realizados no país.


Valorizamos sua opinião! Queremos tornar nosso portal ainda melhor para você. Por favor, dedique alguns minutos para responder à nossa pesquisa de satisfação. Sua opinião é importante. Clique aqui