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Rinite e asma podem causar alergia ocular; entenda o motivo

Cerca de 44% dos jovens de até 14 anos com asma apresentam sintomas oculares, mas apenas um terço recebe o diagnóstico correto

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Rinite pode causar alergia ocular

A temporada de rinites, crise de asma e de dermatite atópica chega junto com o outono. Foto: FreePik

Com a chegada do outono, aumenta a incidência de doenças alérgicas, como rinite, asma e dermatite atópica. Entre as condições que podem surgir nesse período está a alergia ocular, que, apesar de sintomas leves, pode impactar a rotina se não for tratada corretamente.

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O que é a alergia ocular e quem pode ser afetado?

Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), cerca de 30% da população brasileira tem algum tipo de alergia. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP) aponta que a alergia ocular afeta entre 15% e 28% das crianças e adolescentes no Brasil. Além disso, cerca de 44% dos jovens de até 14 anos com asma apresentam sintomas oculares, mas apenas um terço recebe o diagnóstico correto.

O oftalmologista do Hospital de Olhos Vitória, Pedro Trés Vieira Gomes, explica que a alergia ocular ocorre devido à predisposição genética e fatores ambientais, como alimentação industrializada, poluição e contato frequente com alérgenos, como poeira. “A alergia ocular pode afetar qualquer pessoa, em qualquer idade, mas é mais comum entre crianças atópicas, que desenvolvem quadros mais frequentes na infância e adolescência. Com o tempo, a tendência é de melhora, mas o acompanhamento é essencial nos casos crônicos e recorrentes”, destaca o especialista.

Sintomas e complicações da alergia ocular

De acordo com Gomes, a inflamação provocada por rinite e sinusite pode aumentar a produção de substâncias inflamatórias que irritam os olhos e desencadeiam sintomas alérgicos. O contato com alérgenos também pode causar conjuntivite alérgica, intensificando o desconforto ocular. Os sintomas mais comuns incluem:

  • Coceira intensa;
  • Lacrimejamento constante;
  • Vermelhidão nos olhos;
  • Inchaço nas pálpebras;
  • Acúmulo de secreção ocular.

“Muitas vezes, os pais interpretam a coceira nos olhos como um hábito da criança, quando, na verdade, pode ser um quadro crônico de alergia ocular”, alerta o oftalmologista.

Na maioria dos casos, a condição é leve e se manifesta como conjuntivite alérgica. No entanto, se não for diagnosticada e tratada corretamente, pode se tornar persistente e causar complicações graves, como úlceras oculares, ceratites da córnea, ceratocone e até distúrbios visuais permanentes.

Como tratar e prevenir a alergia ocular?

O tratamento inclui evitar o contato com agentes desencadeadores e, quando necessário, o uso de medicamentos prescritos por um oftalmologista. Para prevenir crises alérgicas, especialistas recomendam medidas como:

  • Manter os ambientes limpos e livres de poeira;
  • Evitar exposição a fumaça e poluição;
  • Utilizar colírios antialérgicos sob orientação médica;
  • Não coçar os olhos para evitar irritações e infecções secundárias.

A identificação precoce e o tratamento adequado são essenciais para evitar complicações e garantir mais qualidade de vida para quem sofre com alergia ocular.

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