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Bem-estar

Pílula do dia seguinte tem maior eficácia com analgésico, diz estudo

Pesquisadores analisaram que a eficácia da combinação é mais de 99%. Entretanto, pílula não deve substituir os preservativos

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Medicamentos combinados trazem menor possibilidade de gravidez. Foto: Freepik

Medicamentos combinados trazem menor possibilidade de gravidez. Foto: Freepik

Um estudo realizado por uma universidade de Hong Kong concluiu que o efeito da pílula do dia seguinte tem maior eficácia se ingerida junto com analgésico. Publicado na última quarta-feira (16), os pesquisadores acompanharam dois grupos com 418 participantes para análise de resultado.

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No primeiro grupo, as mulheres receberam a pílula de levonorgestrel juntamente com o analgésico piroxicam, resultando em apenas uma gravidez e uma eficácia de 99,8%. Já no segundo grupo, das 418 mulheres que receberam placebo como analgésico, ocorreram sete gravidezes, totalizando 98,3% de eficácia.

“Nosso estudo é o primeiro a sugerir que o piroxicam, um anti-inflamatório seguro e acessível, tomado junto ao levonorgestrel, a pílula do dia seguinte, pode prevenir a gravidez com maior eficácia do que o anticoncepcional por si só. Esperamos que os resultados abram caminho para outros avanços que possibilitem métodos contraceptivos emergenciais com maior êxito para mulheres de todo o mundo”, aponta o estudo.

Mesmo com essa comprovação da eficácia, os pesquisadores ainda não conseguiram explicar como as medicações se relacionam. Além disso, não foram divulgados nenhum tipo de diferenças significativas nos efeitos colaterais, como atrasos na menstruação.

Pílula do dia seguinte

A anticoncepção de emergência (AE), também conhecida como “pílula do dia seguinte”, é um comprimido utilizado para evitar gravidez não planejada. Diferentemente de outros métodos contraceptivos, esse tipo de medicamento deve ser usado somente em situações de emergência.

A recomendação é ingerir a pílula após a relação sexual desprotegida, como quando não se usou camisinha. O ideal é tomá-la imediatamente após o ato, mas ela pode ser usada até 72 horas depois, embora sua eficácia seja menor.

Por ser uma medida de urgência, as pílulas não devem ser usadas regularmente, pois não substituem outros métodos contraceptivos e não oferecem proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A venda das AE não requer receita médica, mas é importante utilizá-las com orientação de um profissional de saúde.

Métodos contraceptivos

A camisinha é o único método que consegue dar proteção ao IST, o que faz com que ela seja a mais importante de ser utilizada no momento das relações sexuais. Elas são distribuídas gratuitamente em postos de saúde por meio do SUS.

Os anticoncepcionais em comprimido e o DIU são outros métodos muito utilizado e tradicionais entre as mulheres. Já os anticoncepcionais em injeção e os contraceptivos em adesivos são métodos mais recentes que já provaram eficácia.