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Bem-estar

Pedalar aumenta chances de câncer de próstata, alerta médico

Por conta da posição em cima do selim, ocorre uma pressão excessiva na próstata, aumentando a chance de desenvolver um tumor

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Ciclistas que passam várias horas pedalando precisam fazer o exame. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Ciclistas que passam muito tempo pedalando ao longo do dia precisam fazer exame de toque por ter maiores chances de ter câncer de próstata. Isso é o que afirma o médico intensivista e colunista da BandNews FM Espírito Santo, Adenilton Rampinelli.

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Os esportistas precisam ter mais cuidado principalmente porque a posição do ciclista no selim acaba pressionando de maneira excessiva a próstata. Por ficar muito tempo recebendo essa pressão desproporcional, com o peso concentrado apenas em uma região, as chances de desenvolver algum câncer é maior.

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“Além disso, a temperatura aumenta muito ali […] Então, por exemplo, pessoas que andam muito tempo de bicicleta, estão acima de 40 anos e já percebe alguma alteração no jato miccional ou algum quadro de dor, é importante ter uma avaliação urológica porque ele tem uma chance maior de ter uma lesão de câncer de próstata ou até mesmo de testículo”, alerta Rampinelli.

Em relação a trabalhadores que passam muito tempo sentado, como motoristas de ônibus ou de aplicativos, o médico explica que não há nenhuma evidência que relacione a atividade ao câncer principalmente porque a pressão é disseminada nos glúteos.

Exame

Ainda existe um grande preconceito relacionado ao toque retal, mas é a principal forma de detectar alguma alteração na próstata. Esse exame é de baixo custo e é possível ser realizado tanto por um urologista quanto por um médico generalista no posto de saúde, sem necessidade de ir a um laboratório ou fazer uma tomografia.

O médico lembra que homens culturalmente buscam menos as consultas e é justamente isso que é importante combater. “Não necessariamente procurar um médico acima de 40 anos, por exemplo, significa que esse paciente vai precisar realizar um toque retal”, pontua.

Para a realização do exame, os médicos sempre preparam uma triagem para avaliar os fatores de riscos e avaliar se aquele paciente precisa ou não. Caso o paciente tenha um histórico familiar, esteja com algum sangramento na urina ou na ejaculação, é extremamente importante fazer o exame do toque retal.

“[O exame] é muito fácil porque você consegue realmente identificar essas irregularidades, aumentos de tamanho ou até um aspecto mais endurecido. E como eu falei anteriormente, o bom dele é o quê? Ele é fácil, acesso e barato”, ressalta.

Confira a entrevista completa