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Bem-estar

Oropouche: veja quais são os sintomas e como diagnosticar

Em entrevista, o subsecretário Orlei Cardoso explicou os sintomas, as diferenças para a dengue e deu outros detalhes sobre a doença

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Mosquito maruim é o vetor da febre oropouche. Foto: Reprodução

Mosquito maruim é o vetor da febre oropouche. Foto: Reprodução

A Secretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa) confirmou o aumento do número de casos da oropouche nesta quarta-feira (24). São 12 casos, sendo seis em Colatina, dois em Sooretama, dois em Vitória, um em Rio Bananal e um em São Gabriel da Palha. Por ser algo recente, ainda existem muitas dúvidas relacionadas aos sintomas e a maneira de contrair a doença.

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O subsecretário Estado de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, esclarece que essa é uma nova arbovirose, ou seja, uma doença causada por vírus transmitidos por mosquitos. A doença não tinha nenhum registro no Espírito Santo, mas já tinham casos confirmados na região Amazônica, especialmente no Amazonas e Acre desde a década de 1960.

Quais são os sintomas?
Os relatos de quem contraiu a doença são de sintomas como febre alta, cerca de 39ºC, enjoo, mal-estar e dor nas costas. Os outros sintomas são muito similares da dengue, como dores nas articuções e dor atrás dos olhos. Além disso, também há diminuição no número de plaquetas.

Qual a diferença para dengue?
O que pode diferenciar as doenças é a febre. Na dengue, a febre é mais branda se comparada a febre que passa dos 39 ºC no caso da oropouche.

Como é transmitida?
A febre oropouche é transmitida pelo mosquito maruim, também conhecido como mosquito pólvora ou borrachudo. É um mosquito muito pequeno, cerca de três milímitos, que tem uma picada ardida, trazendo uma sensação de queimadura. O subsecretário explica que esse mosquito sempre esteve no Espírito Santo, e é muito comum tanto na zona rural quanto urbana.

Como é diagnosticada?
O diagnóstico é feito a partir de exame de sangue, em que a amostra colhida é analisada no Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Espirito Santo (Lacen) a partir do teste RT-PCR.

Já tem registro de morte?
Nunca houve nenhum registro de morte relacionado a esse tipo de febre. A maior preocupação é ser uma arbovirose que pode se juntar com doenças como dengue, zika e chikungunya, gerando complicação no quadro de saúde.

Existe medicação?
Ainda não existe nenhuma medicação ou tratamento específico. A orientação é tomar um antitérmico após o diagnóstico. É um tipo de arbovirose que não tem um tratamento específico.

Qual é o tempo de duração?
O período de incubação para manifestação da doença gira em torno de três a seis dias. A pessoa começa com uma febre súbita e depois de sete a oito dias, em média, os sintomas vão diminuindo.

Como chegou no ES?
A febre chegou ao estado através das questões climáticas. Com a mudança do clima, algumas doenças tendem a conseguir se espalhar mais rápido, principalmente como as arboviroses. Agora, já é possível observar registros na Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e no Espírito Santo.

Como estão os pacientes infectados no ES?
Até a última atualização, os pacientes estão bem. A faixa etária varia entre 15 e 47 anos. Todos estão hospitalizados com sintomas parecidos com a dengue.

Confira a entrevista completa


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