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Bem-estar

O que é nomofobia? Saiba se você sofre com o problema

A condição pode desencadear episódios “desastrosos de angústia, ansiedade, irritabilidade, estresse, crises de pânico, ou, ainda, casos de depressão, solidão, tremores, dores no peito e até náuseas”

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Nomofobia: o medo de ficar sem celular pode causar sérios problemas de saúde mental. Foto: Freepik

Nomofobia: o medo de ficar sem celular pode causar sérios problemas de saúde mental. Foto: Freepik

A bateria do celular está acabando e a possibilidade de ficar incomunicável te dá medo? O fato de ficar um tempo sem acessar as redes faz com que você tenha episódios de irritação ou inquietude? Se a resposta for sim para as duas perguntas, saiba que isso pode ser um sinal de alerta, e essa apreensão tem um nome: nomofobia – do inglês No Mobile Phone Phobia –, que é o medo irracional de ficar sem o celular ou desconectado das mídias sociais.

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Caracterizada por diferentes sintomas, o professor e psicólogo Marcelo Santos aponta que a condição pode desencadear episódios “desastrosos de angústia, ansiedade, irritabilidade, estresse, crises de pânico, ou, ainda, casos de depressão, solidão, tremores, dores no peito e até náuseas”.

Acostumados ao imediatismo dos smartphones e às comodidades oferecidas por eles, o uso indiscriminado dos aparelhos reflete os comportamentos e impacta os laços sociais, influenciando as percepções e compreensões de mundo em diversas situações.

O sociólogo Rogério Baptistini observa que as conexões em tempo integral são um fator de risco e que a disseminação dos celulares tende a agravar a situação. “Indivíduos sob um bombardeio de informações têm dificuldades para discernir entre verdadeiro e falso, realidade e ficção. E chegamos ao estado de coisas em que nos encontramos: paixões exacerbadas e racionalidade limitada”.

Minimizar impactos

Para minimizar os impactos da exposição exagerada aos telefones, o professor Marcelo Teixeira alerta que a criação de uma rotina é o melhor caminho. “Ler os e-mails e mensagens dentro de um horário pré-determinado já ajuda, podendo ser duas, três vezes ao dia ou até mais. A mesma estratégia deve ocorrer para as redes sociais e jogos. Desativar as notificações também é um bom parâmetro”.

De acordo com o especialista, as medidas devem ser adotadas de maneira gradual, já que “uma mudança abrupta pode gerar mais problemas e desmotivar o usuário”, destaca Teixeira, que complementa: “foco e dedicação são muito importantes”.

Já existem aplicativos que controlam e monitoram o uso dos smartphones, além de moderar as notificações e ajudar a manter o foco, são eles: Bem-estar digital; Moment; e Forest.

O psicólogo reforça a importância de dar atenção aos sinais apresentados pelo corpo, sobretudo quando nosso organismo desenvolve sintomas físicos ou alterações fisiológicas, como sudorese, taquicardia ou alterações de humor. “É preciso procurar ajuda especializada, seja de um psiquiatra ou mesmo de um psicólogo”, finaliza Santos.


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