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Bem-estar

Nove sinais para ficar atento durante a alta de casos da dengue

A incidência é de 469,68 casos da dengue por 100 mil habitantes, número que é considerado alto pelo Ministério da Saúde

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Mosquito Aedes aegypti transmissor da dengue pousado na pele de uma pessoa

Mosquito Aedes aegypti transmissor da dengue. Foto: FreePik

O Espírito Santo já registrou duas mortes por dengue em 2024. Os casos dispararam nas últimas semanas e ao todo, de acordo com a Secretaria de Saúde, já foram notificados 19.088 casos da doença no estado. A incidência é de 469,68 casos por 100 mil habitantes, número que é considerado alto pelo Ministério da Saúde.

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Para que você fique atento, a infectologista Martina Zanotti, do Vitória Apart Hospital, listou nove informações importantes a respeito da doença, seus sintomas e tratamento:

1. O clima tem forte influência no aumento de casos da dengue. Nessa época do ano, devido ao calor e as frequentes pancadas de chuva, a proliferação do mosquito acontece de forma mais rápida. “As chuvas permitem a proliferação do mosquito e o aumento de casos. A disseminação da doença acontece por termos mais mosquitos infectados”, explica a médica.

2. Existem quatro tipos do vírus da dengue e eles são basicamente a mesma coisa em termos de transmissão e quadro clínico. O maior perigo da dengue é uma segunda ou terceira infecção. “As próximas infecções tendem a ser mais graves do que aquele indivíduo que adquire a doença pela primeira vez”, alerta a infectologista do Vitória Apart.

3. No Brasil, tivemos o ressurgimento recente dos sorotipos 3 e 4 do vírus (antes estavam em circulação apenas os sorotipos 1 e 2), e isso faz com que as pessoas fiquem mais suscetíveis a pegar a doença. Quem já pegou dengue pelo sorotipo 1 ou 2, não está livre de pegar a doença pelos outros sorotipos.

4. A transmissão da doença acontece através da picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti contaminado. Uma vez que o indivíduo é picado, demora no geral de três a 15 dias para a doença se manifestar.

5. Os primeiros sintomas da dengue costumam ser: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas articulações, fraqueza, e em alguns casos manchas vermelhas pelo corpo.

6. Uma vez diagnosticada a doença, é preciso estar atento aos sinais que podem surgir até dois dias depois que a febre vai embora, quando a pessoa acha que já está melhorando. “É preciso procurar o médico se a pessoa apresentar: vômitos persistentes, dor abdominal, sangramentos, palpitações, sonolência, confusão mental, ou se o paciente estiver fazendo pouco xixi”, orienta Martina.

7. Pacientes com dengue devem beber muita água, porque a doença provoca uma distribuição inadequada dos líquidos no corpo. É como se você tivesse um encanamento com múltiplos furos, e o líquido não vai para o lugar correto. Isso favorece alterações cardíacas, hipotensões, o coração fica sobrecarregado. “A desidratação é o que complica o quadro e pode levar as formas mais graves da doença”, alerta a médica.

8. A vacina é destinada tanto para quem já teve dengue, quanto para as pessoas que ainda não pegaram a doença. Esse ano, a vacinação pelo SUS será destinada crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue, depois de pessoas idosas, grupo para o qual a vacina não foi liberada pela Anvisa. A vacina também está disponível em clínicas particulares.

9. É dengue ou covid? É possível contrair as duas doenças ao mesmo tempo. O que costuma diferenciar uma da outra são os sintomas respiratórios. “Coriza, dor de garganta, tosse, isso está presente na covid, mas não costuma estar presente na dengue”, esclarece a infectologista do Vitória Apart.


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