Médicos questionam relação entre ciclismo e câncer de próstata

Ciclismo pode aumentar o PSA do corpo. Foto: Marco Antônio Teixeira/MPIX/CPB

Por mais que alguns médicos defendam a ideia de que ciclistas podem ter maiores chances de desenvolver câncer de próstata, ela ainda é questionada por uma grande área da medicina.

Andar de bicicleta pode aumentar os níveis do Antígeno Prostático-Específico (PSA) no sangue. Isso porque ao ficar períodos prolongados no selim, ocorre uma compressão na região perineal, que fica próximo a próstata. Com isso, há um estímulo para a liberação de PSA pela próstata.

Mas como isso está relacionado? É por meio do PSA que é possível, ao fazer um exame de sangue, detectar uma possibilidade de câncer. Nisso podem acontecer resultados falso-positivo em pessoas que praticam o ciclismo.

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Ou seja, o PSA pode estar elevado mas não necessariamente a pessoa está com o câncer. Não existem evidências científicas que haja essa associação. Na realidade, as evidências apontam que a prática da atividade física regular reduz o risco da doença.

É importante fazer o alerta de que é recomendado que o ciclista não ande de bicicleta de três a cinco dias antes de fazer a coleta sanguínea para detecção de PSA justamente para que o resultado possa ser mais confiável.

Exame

Quanto ao exame do toque retal, mesmo que ainda existe um grande preconceito relacionado ao toque retal, mas é a principal forma de detectar alguma alteração na próstata. Esse exame é de baixo custo e é possível ser realizado tanto por um urologista quanto por um médico generalista no posto de saúde, sem necessidade de ir a um laboratório ou fazer uma tomografia.

Homens que procuram o urologista não necessariamente irão realizar o toque retal. Para a realização do exame, os médicos sempre preparam uma triagem para avaliar os fatores de riscos e avaliar se aquele paciente precisa ou não.

Caso o paciente tenha um histórico familiar, esteja com algum sangramento na urina ou na ejaculação, é extremamente importante fazer o exame do toque retal. Mas não apenas isso, homens a partir dos 45 anos tem a recomendação de realizar o exame.