Bem-estar
Março lilás: conheça as formas de prevenção do câncer do colo de útero
Mais de 280 milhões de mulheres no mundo já tiveram ou terão contato com o vírus que pode causar esse tipo de câncer
O mês de março é marcado pela campanha do “Março Lilás” com o objetivo de debater mais sobre o assunto do câncer de colo de útero. Esse tipo de doença, também conhecida como câncer cervical, se desenvolve de forma lenta e atinge, principalmente, mulheres acima dos 25 anos.
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Os dados do Instituto Nacional do Câncer, o Inca, mostram que o câncer de colo de útero é o terceiro mais incidente entre mulheres. A estimativa é que o Brasil tenha mais de 17 mil casos de câncer de colo de útero em 2023, cerca de 13,25 casos a cada 100 mil habitantes. No Espírito Santo, a previsão é de 260 casos, uma média é de 9,40 a cada 100 mil habitantes.
O principal causador desse tipo de câncer é o Papilomavírus humano, conhecido como HPV. O Inca estima que cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas terão contato com o vírus ao longo da vida. A infecção ocorre, principalmente, por meio de relações sexuais e, no geral, não evolui a ponto de maiores complicações. Porém, em alguns casos, ocorrem mutações celulares, evoluindo para o câncer.
Não existem sintomas precisos em relação ao câncer de colo de útero porque alguns outros sinais também estão relacionadas a outras doenças ginecológias. Porém, nos estágios mais avançados, as mulheres podem apresentar sangramento vaginal fora do período menstrual além de dificuldade para urinar ou evacuar. Por isso, é importante consultas regulares no ginecologista.
Exame preventivo
De acordo com a médica oncologista Cíntia Givigi, o exame preventivo é a forma mais fácil de descobrir a doença. “O papanicolau (conhecido como preventivo) é a principal forma de detectar a doença. É um procedimento simples que analisa as células retiradas do colo do útero por meio de uma raspagem. É esse exame que detecta lesões pré cancerígenas ou o câncer em si”, explica a médica.
Na grande maioria dos casos, o HPV tem cura e por isso é importante que os exames sejam realizados rotineiramente. O papanicolau deve ser feito em mulheres a partir dos 25 anos que já tiveram alguma relação sexual. Homens trans e pessoas não binárias designadas mulher ao nascer também devem realizar o exame.
Como o câncer de colo de útero é uma doença que se desenvolve devagar, a recomendação é que o preventivo seja feito a cada três anos. Mas, para garantir a segurança, os dois primeiros exames devem ser feito no intervalo de um ano e se os resultados forem normais, só será necessário refazer após três anos.
Outras formas de prevenção
Além do papanicolau, existem outras maneiras de prevenir o câncer de colo de útero como é o caso da vacina que está disponível pelo SUS. “A vacina contra HPV é importantíssima e a principal forma de prevenção da doença não só de colo de útero mas como vagina, vulva, região anal, pênis e orofaringe. No Brasil, na rede pública está liberada para meninos e meninas de 9 a 14 anos. Além disso, homens e mulheres imunossuprimidos de 9 a 45 anos como HIV, transplantados e pacientes oncológicos”, ressalta a oncologista.
De acordo com o dados publicados na Agência Brasil, o Ministério da Saúde informou que, em 2022, a cobertura da vacina contra HPV entre as meninas foi de 77,37% na primeira dose e 58,29% na segunda. Entre os meninos, o número é menor: 56,76% receberam a primeira dose e apenas 38,39% a segunda.
Mesmo com a vacinação em dia e fazendo o exame preventivo, é importante o uso de preservativo (masculino e feminino). Nas relações sexuais com penetração, utilizar a camisinha protege todos os envolvidos e diminui as chances de exposição ao vírus.
Tratamento
É importante que o tratamento seja feito a partir de uma avaliação e orientação médica. O tipo de tratamento é definido a partir da análise do estágio da doença, tamanho do tumor e outros fatores pessoas de quem desenvolveu a doença.
“O tratamento depende do estágio da doença e inclui cirurgia, radioterapia e quimioterapia. As doenças bem iniciais é indicado tratamento cirúrgico e nas doenças mais avançadas quimioterapia associada a radioterapia, sendo que na doença já com metástase podemos indicar quimioterapia, inibidores de angiogênese e ou imunoterapia”, conclui Cíntia.
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