Entenda o câncer que levou jogador de futebol à cirurgia

O jogador do Bahia Éverton Ribeiro anunciou a descoberta de um câncer na tireoide. Foto: Divulgação (Redes Sociais)

O diagnóstico de câncer de tireoide levou o jogador de futebol Éverton Ribeiro, de 36 anos, meio-campista do Bahia, a passar por uma cirurgia. O atleta revelou a condição em suas redes sociais e informou que está em tratamento. O tipo de câncer é considerado raro entre os homens, ocorrendo, em média, um caso masculino para cada quatro femininos. Apesar disso, a doença tem altas taxas de cura quando identificada e tratada precocemente.

Segundo o cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital Santa Rita, Evandro Duccini, a presença de um nódulo na tireoide nem sempre indica câncer, mas é essencial procurar um especialista para avaliação e acompanhamento adequados. A tireoide é uma glândula localizada na parte anterior do pescoço e responsável pela produção de hormônios que regulam o metabolismo — o conjunto de reações químicas e processos que mantêm o organismo em funcionamento.

Entre os tipos malignos, o carcinoma papilífero de tireoide é o mais comum. O tumor apresenta crescimento lento, baixa agressividade e, em muitos casos, é assintomático.

 

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Fatores de risco

A maior parte dos casos surge sem causa conhecida, mas alguns fatores podem aumentar o risco:

• Histórico familiar de câncer de tireoide, especialmente em parentes de primeiro grau;

• Exposição à radiação ionizante, sobretudo na infância;

• Exposição ocupacional à radiação, como em profissionais de saúde, por exemplo, radiologistas.

Prevenção

Manter hábitos saudáveis, com alimentação equilibrada, prática regular de atividades físicas e evitar exposição desnecessária à radiação, são as principais medidas preventivas.

Diagnóstico

Por se tratar de um tumor silencioso em estágios iniciais, o câncer de tireoide costuma ser identificado em exames de imagem feitos por outros motivos. Nos casos mais avançados, podem surgir nódulos visíveis no pescoço, rouquidão persistente ou dificuldade para engolir. “Diante desses sinais, ou ao notar um nódulo na tireoide, é fundamental buscar um especialista”, reforça Duccini.

Tratamento

O tratamento principal é cirúrgico, podendo envolver a retirada total da glândula (tireoidectomia total) ou apenas parte dela, nos casos iniciais. Radioterapia e quimioterapia raramente são necessárias, mas pode haver complementação com iodo radioativo em tumores com maior risco de recidiva.

Com diagnóstico precoce e acompanhamento adequado, as chances de recuperação são elevadas — uma perspectiva otimista para Éverton Ribeiro e outros pacientes que enfrentam a mesma doença.