Bem-estar
Entenda como identificar e tratar distúrbios do sono
Dia Mundial do Sono, celebrado nesta sexta-feira (14), traz um alerta para a importância de uma boa noite de sono

Ronco e apneia são considerados distúrbios do sono. Foto: Freepik
Noites mal dormidas, cansaço constante e dificuldades de concentração podem indicar problemas de saúde sérios. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 72% dos brasileiros sofrem com distúrbios do sono, como ronco e apneia.
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O especialista em Medicina do Sono Ordival Augusto Rosa, alerta que muitas pessoas subestimam esses sinais. “O ronco frequente e intenso deve ser investigado, pois pode ser um alerta para a apneia do sono, uma condição em que há interrupções da respiração durante o descanso. Isso compromete a oxigenação do organismo e aumenta o risco de diversas doenças”, afirma.
Ronco e apneia do sono
Embora afetem o sono, os dois problemas possuem causas distintas. O ronco ocorre devido à vibração das estruturas da garganta, causando ruídos de diferentes intensidades. Já a apneia do sono é mais grave e se caracteriza por interrupções respiratórias de pelo menos 10 segundos. Essas pausas reduzem os níveis de oxigênio no sangue e provocam despertares frequentes.
Além do barulho, a apneia pode gerar fadiga, sonolência diurna, sensação de sufocamento e dificuldades cognitivas. “Se a pessoa acorda cansada e sente sonolência ao longo do dia, é essencial investigar a causa e buscar tratamento”, alerta o médico.
Diagnóstico e tratamento
A apneia do sono é identificada por exames como a polissonografia, que monitora a respiração, a oxigenação do sangue e a atividade cerebral durante o sono. Esse teste pode ser feito em casa ou no hospital, conforme indicação médica.
O tratamento varia conforme a gravidade do quadro. Mudanças no estilo de vida, perda de peso e ajustes na posição ao dormir podem trazer alívio. “Pacientes com apneia não tratada têm maior risco de desenvolver complicações cardiovasculares e hipertensão arterial”, destaca o especialista.
Nos casos mais graves, o uso de dispositivos respiratórios ou cirurgias para corrigir alterações anatômicas podem ser recomendados. “Podem ser realizadas cirurgias nasais, faríngeas ou esqueléticas, dependendo da necessidade do paciente. Em algumas situações, a correção cirúrgica pode amenizar ou até eliminar o distúrbio respiratório”, complementa
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