Bem-estar
Consumir 40 ovos por dia, no ‘estilo Gracyanne’ faz bem? Médico explica!
Ele já foi considerado ‘vilão’, depois se tornou o melhor amigo da dieta. Nutrólogo afirma que o ovo está entre a lista de alimentos mais saudáveis, mas que a forma de consumo pode atrapalhar
Do café da manhã ao ingrediente principal de diversas receitas, o ovo pode ser considerado até mesmo um item cultural na geladeira do brasileiro. No entanto, já foi protagonista de uma grande polêmica nutricional, sendo considerado o maior inimigo do colesterol por anos. Popularizado principalmente pelo universo fitness, o posto de vilão ficou para trás e o ovo ganhou até um dia para chamar de seu, celebrado em 11 de outubro.
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Dr. Rodrigo Schröder, um dos maiores nomes da Medicina e Performance esportiva e referência em comunicação sobre saúde, com mais de 1 milhão de seguidores nas redes, explica porquê o ovo pode ser considerado um dos alimentos mais saudáveis do mundo e justifica que o título de inimigo da saúde só é válido de acordo com o modo de preparo.
“Historicamente, o ovo foi considerado um vilão devido ao seu alto teor de colesterol. No entanto, o impacto do colesterol do ovo no corpo humano é mínimo. Pesquisas mostram que o que altera é a forma de preparo. Se for frito, por exemplo, altera, mas não pelo ovo e sim pela fritura”, explica o médico.
O ovo pode ser aliado à saúde do cérebro e até dos olhos. Isso se deve a quantidades consideráveis de nutrientes presentes no alimento, sendo uma excelente fonte de proteína, vitaminas A, D, E, K, diversas do complexo B e minerais como ferro, selênio e zinco. Rodrigo explica os efeitos da composição:
“Os benefícios incluem o suporte ao desenvolvimento cerebral e à saúde ocular devido à presença de colina e luteína. As proteínas auxiliam na construção e reparação dos tecidos, enquanto as vitaminas e minerais têm papeis cruciais em várias funções do corpo, incluindo a imunidade e a coagulação sanguínea”.
Famosos do universo fitness como Gracyanne Barbosa, já revelaram que consomem quantidades exorbitantes, chegando a 40 ovos por dia. E apesar dos inúmeros benefícios, o excesso esconde um risco. “Não existe um limite superior para o consumo de ovos. No entanto, qualquer alimento que se consuma excessivamente pode trazer intolerância alimentar, sendo o ovo ou outro alimento”, explica o médico.
Inclusive, o potencial alergênico do ovo, principalmente em crianças, é considerado bem alto, entretanto, facilmente identificado. “Os sintomas podem incluir urticária, problemas respiratórios, dores de estômago e em casos graves, anafilaxia. A intolerância ao ovo pode resultar em sintomas digestivos como gases e inchaço”.
Engana-se quem pensa que o alimento tornou-se popular entre o público fitness apenas pela concentração de proteína. Segundo Schröder, os benefícios para os atletas vão além. “Vitaminas do complexo B que ajudam no metabolismo energético e ácidos graxos essenciais que podem ajudar na recuperação muscular. É quase um poli vitamínico só faltando a vitamina C.”
O médico também destaca a facilidade e versatilidade do preparo como um ponto alto, lembrando apenas de deixar a fritura – real inimiga do colesterol – como última opção.
Entre todas as polêmicas acerca dos ovos, também surgiram burburinhos sobre o uso de antibióticos e hormônios na criação de galinhas, o que tornaria o consumo de ovo perigoso. Rodrigo, no entanto, esclarece que em muitos países, incluindo o Brasil, o uso de hormônios na avicultura é proibido, enquanto antibióticos são regulamentados estritamente para evitar resíduos nos ovos.
“Consumidores preocupados podem optar por ovos de galinhas criadas sem antibióticos ou buscar selos de certificação que garantam práticas de produção adequadas”, aconselha.
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