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Bem-estar

Cefaleia: mais de 2 milhões de capixabas sofrem com dores de cabeça

Entre as principais causas que contribuem para desencadear as fortes crises da dor está a alimentação

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DOR DE CABEÇA

Alimentação é um dos principais gatilhos para crises de cefaleia. Foto: Freepik

No dia 19 de maio, celebra-se o Dia Nacional de Combate à Cefaleia, uma data estabelecida pela Sociedade Brasileira de Enxaqueca (SBCE) para conscientizar sobre esse problema de saúde pública. Estima-se que mais de 52% da população seja afetada por dores de cabeça, de acordo com a Global Burden Disease (GBD).

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No Espírito Santo, mais de 2,1 milhões de pessoas sofrem com cefaleia. O médico André Félix destaca que o desequilíbrio alimentar é um dos fatores de risco que podem desencadear essa disfunção, caracterizada por intensas dores de cabeça que podem impactar nas atividades diárias.

Existem diferentes tipos de cefaleia, como a tensional (causada por estresse), a cefaleia trigeminoautonômica (caracterizada por dor localizada e unilateral), dores de cabeça associadas a outras doenças (como gripe e tosse) e as cefaleias persistentes, ou enxaquecas.

Segundo a Academia Brasileira de Neurologia, a enxaqueca sem aura é mais comum (75% dos casos) do que com aura (25% dos casos). A aura é caracterizada, na maioria das vezes, pela presença de dor latejante em um lado da cabeça, acompanhada por náuseas, sensibilidade à luz e ao som.

“Uma crise de enxaqueca pode ter duração de quatro a 72 horas, tem localização unilateral, qualidade pulsátil, intensidade moderada ou grave, muitas vezes é acompanhada de náuseas, vômitos, febre, calafrios, dor, suor e sensibilidade à luz (fotofobia), som (fonofobia) ou movimento, tornando-a diferente de outras dores de cabeça como a do tipo tensional”, explica.

Uma das principais causas que podem desencadear crises de cefaleia é a alimentação. Portanto, o médico recomenda evitar jejum prolongado e reduzir o consumo de álcool, chocolate, vinho tinto e café, pois esses alimentos estão relacionados às dores de cabeça.

Além de manter uma rotina saudável, que inclui uma alimentação equilibrada, atividade física regular, hidratação adequada e sono suficiente, o uso de medicamentos preventivos pode ser recomendado após avaliação médica. Entre esses medicamentos estão os betabloqueadores adrenérgicos e antidepressivos tricíclicos.

“O Erenumabe é o primeiro anticorpo monoclonal humano desenvolvido especificamente para bloquear os receptores do peptídeo relacionado com os genes de calcitonina (CGRP), que é um dos responsáveis por desencadear crises de enxaqueca. Controlar os sintomas dessa forma pode trazer qualidade de vida aos pacientes, uma vez que o número de dias com enxaqueca pode ser reduzido,” conclui André.