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Bem-estar

Caramujos que transmitem doenças são vistos em Camburi

Em caso de contato com o caramujo é fundamental usar luvas ou sacos plásticos para manipulá-lo e lavar as mãos imediatamente após o manuseio

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Caramujos que transmitem doenças são vistos em Camburi

Caramujos que transmitem doenças são vistos em Camburi. Foto: Danielli Saquetto

O calçadão da Praia de Camburi, em Vitória, é referência de lazer e prática de atividade física. Mas nos últimos dias o local está enfrentando um problema preocupante, que em nada combina com qualidade de vida: a presença de caramujos africanos, uma espécie invasora que oferece riscos à saúde pública. Frequentadores da área têm relatado um aumento significativo na quantidade desses moluscos ao longo do calçadão, especialmente após períodos de chuva, quando eles costumam aparecer com mais frequência.

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O caramujo africano, cujo nome científico é Achatina fulica, é conhecido por transmitir doenças graves, como a meningite eosinofílica e a angiostrongilíase abdominal. Essas enfermidades podem ser contraídas por meio do contato com a secreção do animal ou pela ingestão de alimentos contaminados. Crianças e animais de estimação que brincam próximos aos caramujos são especialmente vulneráveis.

De acordo com especialistas, o problema se agrava porque o caramujo africano não possui predadores naturais no Brasil, o que facilita sua proliferação. Além disso, ele se adapta facilmente a diferentes ambientes e se reproduz rapidamente, aumentando ainda mais a população da espécie.

Alerta das autoridades

A Secretaria Municipal de Saúde de Vitória (Semus) informou que o local é monitorado constantemente. Porém, após as chuvas e as elevadas temperaturas, os caramujos voltam a aparecer. Isso se dá ao fato dos animais enterrarem seus ovos nas areias e, após esses períodos, eles eclodem e uma nova infestação ocorre.

O Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA) tem realizado, uma vez por semana, um monitoramento dos pontos de ocorrência de caramujo africano (Achatina fulica) em Vitória. E a Semus orienta que, ao encontrar infestação de caramujos, o munícipe entre em contato com a Prefeitura por meio do Fala Vitória 156, onde receberá as devidas orientações e a equipe irá se deslocar ao local indicado.

O atendimento de demandas sobre infestação de caramujos envolve orientação à população, catação manual em áreas públicas infestadas e, em último caso, aplicação de molusquicida em áreas públicas para controlar grandes quantidades de caramujos.

Como agir em caso de contato?

Se o contato com o caramujo for inevitável, é fundamental usar luvas ou sacos plásticos para manipulá-lo e lavarem as mãos imediatamente após o manuseio. Em caso de suspeita de contaminação, é importante procurar atendimento médico rapidamente.

Além disso, especialistas sugerem que os moradores da região adotem medidas preventivas, como evitar o acúmulo de lixo e restos de alimentos, que atraem os caramujos e facilitam sua reprodução.

Preocupação ambiental

Embora sejam perigosos para a saúde humana, os caramujos africanos também causam impactos ambientais significativos. Eles competem por espaço e alimento com espécies nativas, ameaçando o equilíbrio dos ecossistemas locais.

 


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