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Bem-estar

Amamentação e saúde bucal tem relação direta. Entenda

Bebês que nascem com a língua presa possuem dificuldades na hora da amamentação

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OMS indica que aleitamento materno deve ser exclusivo até o sexto mês. Foto: Freepik

O mês de agosto é conhecido na área da saúde como Agosto Dourado, um período dedicado a ações de promoção e incentivo a amamentação. O aleitamento materno é muito importante tanto para a mãe quanto para os bebês. Entretanto é importante que os pais e responsáveis se mantenham alertas em relação a formação dos dentes, a saúde bocal e a língua presa, que atrapalha na alimentação

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A ortodontista Catarina Rivadiz que a amamentação exerce um papel fundamental na formação dos dentes e na saúde bucal das crianças pois o leite materno oferece todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento das crianças até os primeiros seis meses de vida. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês.

Além disso, a formação dos dentes ocorre justamente no período da amamentação, que vai até os dois primeiros meses de vida. “O movimento de sucção que as crianças fazem no momento da amamentação é fundamental para a formação da arcada dentária. A posição dos dentes e do maxilar podem alterar durante esse período e a amamentação contribui para o nascimento correto dos dentes,” aponta a ortodontista.

Manter a posição correta dos dentes pode evitar diversos problemas futuros como o desalinhamento dos dentes e a má-oclusão, por exemplo. “A amamentação ajuda no alinhamento dos dentes favorecendo a fonação, trituração completa dos alimentos, facilitando a digestão e possibilitando uma higiene bucal mais eficiente” pontua Catarina. O ideal é que, após os seis meses, o bebê passe do peito para a alimentação em copo, prato e colher, evitando o uso da mamadeiras.

Além disso, é no momento da amentação que o bebê aprende também a respiração nasal. Ao sugar o leite, ao não conseguir respirar pela boca, há o esforço natural da respiração nasal. “Ao respirar pelo nariz as crianças evitam respirar pela boca e evitar o ressecamento bucal. A boca seca é uma das condições que propiciam o aparecimento das cáries dentárias nas crianças, o que pode prejudicar e muito a formação dos dentes, enfatiza  a ortodontista.

Língua presa atrapalha a amamentação

A ortodontista Catarina Riva alerta, ainda, sobre outro transtorno relacionado a saúde bucal que pode causar prejuízos a amamentação: a língua presa. Os  bebês que nascem com a anquiloglossia, popularmente conhecida como língua presa, possuem dificuldades na hora da amamentação. Segundo estudo publicado na Revista científica CEFAC, a prevalência de crianças com algum grau de alteração do frênulo lingual é de 18%.

A Lei 13.002/2014 instituiu a obrigatoriedade do Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua em Bebês (Teste da Linguinha), para facilitar a pega e sucção do bebê. Catarina Riva reforça a importância do procedimento e explica que o protocolo visa a detecção precoce da anquiloglossia.

“A língua presa é uma alteração genética que acontece durante a formação do bebê, é uma situação na qual o tecido que fica abaixo da língua, conhecido como frênulo, é mais curto e apertado que o normal, ocasionando uma dificuldade de movimento. O bebê que nasce com esse transtorno tem dificuldade de sugar, mastigar, engolir e também no desenvolvimento da fala. Essa alteração faz também com que o bebê engula muito ar contribuindo para aumentar as chances de regurgitação do leite materno e a ocorrência de gases e cólicas”, explica Catarina.

A ortodontista alerta que as mães devem observar se o recém-nascido possui muita dificuldade de fazer a pega correta e orienta aos pais a buscar um profissional habilitado para avaliar a língua do bebê. “A dificuldade na amamentação em razão da língua presa atrapalha o ganho de peso do bebê e pode machucar os seios da mãe. O diagnóstico adequado ajuda a evitar o desmame e também melhora a qualidade de vida das mães e dos bebês”, ressalta a especialista.

Há três tipos de tratamento para correção da língua presa: a retirada (frenectomia); a reposição cirúrgica (frenuloplastia) ou o corte e divulsão (frenotomia). “A escolha do procedimento é realizada de acordo com o caso e avaliação individual do bebê”, destaca Catarina


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