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Queimadas no ES: oito pessoas são presas por incêndios criminosos

Outros 26 casos de incêndio em vegetação são investigados. Na maioria dos casos os suspeitos colocam fogo para limpar o terreno, mas perdem o controle

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Polícia investiga incêndios criminosos no ES

Polícia investiga incêndios criminosos no ES

Em entrevista à BandNews FM Espírito Santo, o subsecretário de inteligência da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SESP), delegado Romualdo Gianordoli, detalhou o trabalho da polícia no combate a incêndios criminosos no estado. Gianordoli destacou a complexidade dessas investigações e a importância da colaboração popular para identificar os responsáveis pelos crimes. Até o momento, oito pessoas foram detidas suspeitas de queimadas criminosas de norte a sul do ES. Outros 26 casos são investigados.

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Nas últimas semanas, incêndios em vegetação tornaram-se frequentes, agravando os problemas ambientais no Espírito Santo. A polícia e outros órgãos de segurança, como o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar, estão atuando para controlar os focos e mitigar os impactos dessas queimadas. Segundo o delegado, é essencial verificar se o incêndio tem origem criminosa, o que requer um olhar técnico, já que não há sempre imagens de monitoramento disponíveis.

Operação contra incêndio criminoso avança no ES

Atualmente, o estado está dividido em 14 áreas prioritárias, onde equipes especializadas atuam para conter os incêndios e investigar suas causas. Romualdo Gianordoli mencionou que a maior parte dos flagrantes está associada a tentativas de queima controlada que acabam saindo do controle, especialmente em períodos de seca, quando essa prática é proibida.

O delegado também relatou que alguns incêndios têm motivações mais graves, como casos de invasão de terras no norte do estado. Apesar da redução no número de ocorrências, a polícia segue monitorando essas regiões. Até o momento, foram realizadas oito prisões, sendo sete em flagrante e uma como resultado de investigações que culminaram em um mandado de prisão preventiva.

População deve denunciar

A população é considerada peça-chave na identificação de responsáveis por incêndios criminosos. O delegado destacou a importância das denúncias, que podem ser feitas anonimamente pelo telefone 181. A partir das informações recebidas, a polícia intima proprietários de terras e suspeitos para dar início às investigações.

Atualmente, 26 inquéritos estão em andamento em diversas cidades, como Colatina, Guarapari, Conceição da Barra e São Mateus. Gianordoli explicou que muitos desses inquéritos investigam se realmente há crime envolvido ou se o incêndio foi acidental. A colaboração com testemunhas no momento imediato ao incêndio é crucial para garantir a responsabilização dos culpados.

O crime de incêndio, segundo o delegado, pode resultar em pena de até seis anos de prisão, dependendo das qualificadoras presentes no caso. Quando o incêndio coloca em risco pessoas ou propriedades privadas, a fiança não é permitida na fase inicial do processo, exceto por decisão judicial. Em casos de crimes ambientais, a fiança pode ser aplicada, mas a punição pode incluir prisões preventivas ou até penas maiores, dependendo da gravidade.

Além disso, Gianordoli alertou que queimadas em áreas urbanas, como terrenos baldios, também são passíveis de denúncia e podem configurar crime ambiental. Ele reforçou que, em períodos de estiagem, é proibido atear fogo para limpar vegetação, prática que prejudica o meio ambiente e afeta diretamente a saúde da população.


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