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Iema investe cerca de R$ 9 milhões no monitoramento da Qualidade do Ar

O coordenador de qualidade do ar do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Vinícius Rocha, explica como o órgão acompanha mudanças nas emissões no ES

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A rede de monitoramento de qualidade do ar no Espírito Santo é uma das mais densas do país. O estado conta com 19 estações para acompanhar os indicadores de poluição, na Grande Vitória e em cidades como Anchieta e Linhares. O coordenador de qualidade do ar do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Vinícius Rocha, explica como o trabalho é realizado.

Uma estação de monitoramento da qualidade do ar, ela é composta por analisadores. Cada poluente da qualidade do ar, da atmosfera, as amostras são coletadas por meio de sondas e essas concentrações são calculadas em cada um desses analisadores. Os poluentes são, basicamente, material particulado. Temos monitoramento de gases, os gases que são poluentes, originários das diversas fontes de emissões nas cidades. Circulação de veículos, construção civil, ressuspensão, atividades industriais, tantas outras fontes de emissão”, diz.

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Vinícius Rocha, coordenador de Qualidade do Ar do Iema

Vinícius Rocha, coordenador de Qualidade do Ar do Iema

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Com tecnologia avançada, essas estações coletam dados sobre partículas e gases poluentes, permitindo ao Iema identificar a qualidade do ar e suas fontes de emissão, como as atividades urbanas e industriais. Cada região, segundo o coordenador, tem suas particularidades em relação aos materiais presentes no ar. ““Cada estação vai ter uma característica própria, de acordo com os poluentes observados naquela região. Na Grande Vitória, por exemplo, há locais com maior emissão de material particulado e outros onde predominam gases associados às emissões veiculares”, afirma.

As estações são posicionadas estrategicamente, permitindo identificar as principais fontes de poluição, sejam elas industriais, veiculares ou da construção civil. O Espírito Santo tem avançado no monitoramento, mas ainda há desafios. Vinícius Rocha aponta os próximos passos e os resultados observados. “Hoje, mais de 98% das medições classificam a qualidade do ar como boa. Temos uma rede densa e avançada, e o governo planeja ampliar em mais três estações até 2026 para fortalecer ainda mais esse monitoramento”, adianta. 

Investimento e tecnologia e fiscalização são essenciais

Com investimentos e fiscalização rigorosa, o Espírito Santo se destaca no monitoramento ambiental, garantindo dados confiáveis e uma perspectiva positiva para a qualidade do ar. Para monitorar o ar em todo o estado, o Iema também conta com a colaboração entre o Poder Público e as empresas do setor industrial. O coordenador de Qualidade do Ar do órgão, Vinícius Rocha, explica como funciona a relação entre a indústria e o instituto para a medição da pureza do ar.

Quanto às estações que são operadas pelas empresas, elas são operadas por meio de obrigações de condicionantes ambientais. Porém o Iema faz a fiscalização do serviço. A gente recebe os dados validos, faz inspeções periódicas, confere se os equipamentos estão calibrados. Então a gente tem essa rotina de acompanhamento tanto das privadas quanto do nosso”, ressalta.

Para garantir o monitoramento eficaz, o Iema e as empresas realizam investimentos robustos em equipamentos. A tecnologia utilizada para a análise da qualidade do ar é de ponta. “Manter o monitoramento de qualidade do ar é muito caro. Os equipamentos são todos importados. Nos últimos dois anos, foi feito investimento na casa de R$ 9 milhões, porque são equipamentos importados que exigem muita especialização na sua operação”, destaca. 

A análise da qualidade do ar na Grande Vitória envolve o monitoramento de diversas fontes de poluição. Vinícius Rocha explica que inclusive as condições climáticas e as atividades urbanas podem interferir nos resultados. “A gente observa também que, em casos curiosos, que algumas atividades urbanas interferem diretamente no nosso monitoramento. Exemplo, em uma estação nossa, a prefeitura decidiu fazer o recapeamento asfáltico. Ficamos em alerta e, quando fomos ver o entorno, estava tendo um conjunto de obras na próxima estação. Então são coisas que a gente está sensível, que a gente precisa avaliar, que é o comportamento das diversas fontes e qual o grau de intervenção, de interferência no nosso monitoramento”, revela. 

Para traçar ações ou medidas para melhorar o ar, o Iema realiza um monitoramento constante e minucioso, observando essas interferências urbanas e garantindo que a qualidade do ar na Grande Vitória seja acompanhada com rigor. 

Transparência

As informações relacionadas ao monitoramento da qualidade do ar na Grande Vitória e em outras regiões do estado para a população são divulgadas pelo Iema. Para acessar os relatórios, é só visitar o site iema.es.gov.br/qualidadedoar.


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