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Família capixaba relata momentos de tensão em Israel

Edinardy, a esposa Raiani e a filha Melina, de três anos, tentam voltar ao Brasil

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Edinardy e família. Foto: reprodução/redes sociais.

Uma família de capixabas que está em Israel tenta voltar ao Brasil até o final de semana. Edinardy, a esposa Raiani e a filha Melina, de três anos,  chegaram em Tel Aviv no final de setembro para participar da Festa dos Tabernáculos, que faz memória aos 40 anos que o povo de Israel viveu no deserto. No entanto, tiveram seus voos cancelados e precisaram ser acolhidos por outras famílias em meio a guerra entre Israel e Palestina.

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Eles tentaram retornar ao Brasil no último domingo, dia 8 de outubro, mas, com a companhia aérea de portas fechadas, precisaram ir para Jerusalém. Mesmo com a liberação do hotel por parte da empresa aérea, a família não conseguiu retornar para Tel Aviv por conta das sirenes de alertas dos ataques.

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“Na tentativa de retornar ao Brasil que retornamos à Tel Aviv. Porém, o nosso voo já estava cancelado e, então, tentamos buscar realocação em outra companhia aérea. A nossa companhia aérea tinha fechado as portas. Tivemos muitas dificuldades de remarcar o voo, quem conseguiu foi meu irmão no Brasil”, contou.

Edinardy relata que, conforme as sirenes se intensificavam, ele tentou se comunicar com amigos e até pessoas estranhas para saber o que tinham que fazer naquele momento. A grande dúvida dele era para onde ir, se esconder ou até se abrigar em bunkers.

“Nós não tínhamos nenhuma orientação. Ouvimos a sirene tocando. Entrei em contato com um amigo que me informou sobre o ataque em Israel e orientou para nos protegermos. Eu recebi uma mensagem informando dos bunkers próximos para que eu consiga me esconder com minha família quando as sirenes tocassem. E as sirenes tocaram várias vezes”.

Com o cenário devastador, os capixabas aguardam a volta para o Brasil, em voo que foi remarcado para essa sexta-feira. Enquanto isso, buscam refúgio nas orações. Eles também se inscreveram na embaixada do Brasil no país, na tentativa de retornar em voos da Força Aérea Brasileira que realiza uma operação de repatriação de brasileiros que estão na área de conflito em Israel e na Palestina.

“Espero que haja paz em Jerusalém. Estamos relativamente bem, embora a situação não esteja fácil. Estamos apegados a fé porque estamos em meio à guerra”, desabafou.

A guerra se alastrou na manhã do último sábado, quando o grupo extremista do Hamas bombardeou Israel em um ataque considerado um dos maiores sofridos pelo país. Ao reivindicar a ofensiva, o Hamas afirmou que era o início da retomada do território palestino. Em resposta, Israel declarou guerra após o ataque.

Ouça a entrevista:


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