Como cuidar da saúde respiratória após mudanças de temperatura?

Em entrevista à BandNews FM Espírito Santo, a pneumologista Dra. Karina Tavares abordou como as mudanças bruscas de temperatura afetam a saúde respiratória, especialmente em pessoas com doenças pulmonares crônicas, como enfisema, bronquite e asma. Segundo a especialista, a variação climática, comum em muitas regiões do Brasil, pode agravar os sintomas dessas condições, aumentando o risco de complicações.

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“Quem tem problemas, patologias pulmonares crônicas, como Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), mais conhecido como enfisema, bronquite, asma, essas pessoas, se elas não tiverem com a doença bem reguladinha, bem estável, vão sentir muito essa queda de temperatura,” explicou a pneumologista.

Efeitos da queda de temperatura na saúde respiratória

Durante a entrevista, a Dra. Karina destacou que a baixa temperatura eleva os níveis de poluentes na atmosfera, o que pode irritar as vias aéreas e agravar os sintomas em pessoas vulneráveis, como idosos e crianças. Além disso, a pneumologista mencionou que o frio intensifica a multiplicação de micro-organismos, como bactérias e vírus, aumentando o risco de infecções respiratórias.

Ela explicou que, em condições de frio, o organismo naturalmente tenta se proteger, mas as pessoas com doenças pulmonares enfrentam dificuldades adicionais. “O organismo tende a se proteger das baixas temperaturas, tá? Mas as pessoas que têm uma doença pulmonar, elas não conseguem isso com tanta facilidade. Então, elas produzem mais muco que o comum,” comentou a Dra. Karina.

Dicas para prevenir complicações respiratórias

A pneumologista também ofereceu orientações práticas para ajudar a população a se proteger durante as oscilações de temperatura. Manter-se bem agasalhado e evitar exposições bruscas ao frio são fundamentais para evitar o agravamento de doenças respiratórias. Ela enfatizou a importância das vacinas e da manutenção de um ambiente doméstico bem ventilado e aquecido.

A Dra. Karina destacou ainda a necessidade de cuidados especiais para aqueles que praticam atividades aquáticas em dias de frio, lembrando que o uso de roupas apropriadas pode evitar complicações. “No dia que o mar tá mais gelado, o dia tá mais gelado, ele usa roupas diferentes. A gente tem esse tipo de tecnologia, as pessoas sabem muito bem disso, né?” disse a especialista.

A importância da prevenção contínua

Por fim, a Dra. Karina Tavares ressaltou que, além dos cuidados específicos durante o inverno, é essencial que pessoas com condições respiratórias crônicas mantenham um regime de prevenção constante. Ela aconselhou o uso regular de medicações e a adoção de práticas como a lavagem nasal para evitar crises agudas.

Para quem sofre de rinite ou sinusite, por exemplo, a médica recomendou: “Essas pessoas que têm a sinusopatia crônica, que é a inflamação crônica, elas devem fazer lavagem nasal e usar aquela bombinha nasal de corticoide nasal para reduzir o tamanho dessa inflamação.”

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