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Plano Diretor Urbano de Vitória completa 40 anos

Especialista comenta os avanços e desafios do Plano Diretor Urbano de Vitória após quatro décadas de implementação

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O Plano Diretor Urbano (PDU) de Vitória, também conhecido como Plano Diretor Municipal (PDM) em outros municípios, regula o uso e a ocupação do solo na cidade. Ele define o potencial construtivo dos terrenos, incluindo altura, tamanho e ocupação dos prédios. O conselheiro do Instituto de Arquitetos do Espírito Santo, Greg Repsold, explica a importância e impacto na cidade.

Enquanto o Código de Obras detalha aspectos como tamanho mínimo de quartos e janelas, o PDU aborda questões mais amplas, como a quantidade de andares permitidos e o uso do terreno. O PDU é revisado periodicamente, geralmente a cada 10 anos, para ajustar-se às mudanças urbanas e necessidades da cidade.

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A revisão mais recente do PDU de Vitória ocorreu entre 2018 e 2019. Embora a cidade tenha sido pioneira no estado ao adotar um plano diretor, falta uma colaboração efetiva entre as prefeituras da região metropolitana. A falta de comunicação entre municípios resulta em legislações diferentes, criando desafios como a desigualdade de desenvolvimento entre bairros e cidades vizinhas.

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Essa disparidade leva a uma ocupação desordenada e problemas como bairros dormitórios e áreas comerciais sem uma integração eficiente. Greg Repsold sugere que uma abordagem mais colaborativa poderia harmonizar o desenvolvimento urbano na região metropolitana, beneficiando todos os municípios.

Desafios e oportunidades para Vitória

Vitória é uma cidade única, sendo uma ilha com características específicas e um território já amplamente urbanizado. O PDU tem sido fundamental para organizar o desenvolvimento urbano, prevenindo a ocupação desordenada e promovendo a requalificação de áreas como o centro histórico. No entanto, ainda há desafios, como a necessidade de atrair investimentos para bairros menos desenvolvidos.

Bairros ao norte da ilha, como São Pedro, possuem grande potencial de ocupação, mas ainda carecem de investimentos e uma legislação adequada que incentive o desenvolvimento. Enquanto isso, áreas como a Praia do Canto continuam a atrair grandes empreendimentos, gerando debates sobre gentrificação e a capacidade de infraestrutura.

O Papel do PDU

O PDU de Vitória também atua como um motor de desenvolvimento, influenciando onde os investimentos imobiliários serão direcionados. Ao aumentar ou diminuir o potencial construtivo de certas áreas, o plano pode atrair novos empreendimentos ou frear o crescimento em regiões já saturadas. Greg Repsold acredita que, nos próximos anos, o PDU deve focar em equilibrar o desenvolvimento urbano, promovendo investimentos em bairros historicamente menos valorizados.

A revisão do PDU pode transformar bairros periféricos em áreas de grande desenvolvimento urbano. Aumentar o potencial construtivo nessas regiões pode atrair incorporadores, levando não apenas novas habitações, mas também comércio e serviços, dinamizando a economia local. Com um planejamento estratégico, Vitória pode expandir suas frentes de desenvolvimento e equilibrar o crescimento urbano em toda a cidade.

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