fbpx

Olhar 360º

Mais de 100 crianças aguardam por adoção no Espírito Santo

Segundo dados do TJES, em 2020, o estado teve 80 adoções, número menor do que em 2019, quando 141 crianças foram para novas famílias

Publicado

em

Família. Foto: PIxabay

Mais de 100 crianças aguardam um lar adotivo no Espírito Santo e outras 153 estão em processo de adoção, que é quando já encontraram uma família, mas ainda estão no período de convivência.

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

Segundo dados do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, no ano passado o estado teve 80 adoções, número menor do que em 2019, quando 141 crianças foram para novas famílias.

A psicóloga Dianne Wruck, da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (CEJA), explica que a pandemia impactou a velocidade dos processos e paralisou prazos, o que resultou em impacto no julgamento e redução no número de adoções. O curso que as pessoas precisam de passar para estarem aptas para adotar também foi suspenso por um tempo, o que impactou no número de pessoas habilitadas.

Dados do Conselho Nacional de Justiça apontam que 79% das crianças esperando por uma família tem mais de 6 anos, enquanto 55% das famílias pretendentes em sua maioria desejam crianças de até 4 anos. No Espírito Santo, são 677 pretendentes habilitados para adotar crianças, seis vezes mais do que o número que aguardam novos lares. E são 104 crianças disponíveis para adoção.

“Há um descompasso entre o que as pessoas pretendem e o que é realidade. Boa parte das que estão aguardando serem adotadas têm idade um pouco maior, estão em grupo de irmãos e muitas delas têm alguma enfermidade ou é portadora de deficiência. O perfil do que as pessoas querem é diferente da realidade”, explica o juiz Ewerton Nicoli, da vara da Infância e Juventude de Colatina.

A maioria das crianças que aguardam novos lares estão em acolhimento porque seus pais tiveram o poder familiar destituído pela Justiça. Isso ocorre quando há negligência familiar, abuso de drogas, álcool e ausência dos pais. Já os órfãos representam um número bem menor da realidade do estado.

Como fazer para adotar uma criança?

A pessoa interessada em adotar deve procurar a Vara da Infância e Juventude mais próxima de sua residência. A Vara vai informar quais são os documentos necessários, fazer uma entrevista, e agendar a participação do interessado no programa de preparação para adoção.

Após a conclusão do curso, com base em um estudo psicossocial elaborado pela equipe da Vara e no parecer do Ministério Público, o juiz proferirá sua decisão, deferindo ou não o pedido de habilitação à adoção. Se a habilitação for aprovada, os dados do postulante são inseridos no Sistema Nacional de Adoção.