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Natureza

Reserva na Mata Atlântica será inaugurada em Vargem Alta

A Reserva Ambiental Águia Branca terá visitações abertas a partir de doa dia 14 de dezembro. Espaço vai ajudar a preservar corredor ecológico entre Pedra Azul e Forno Grande

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Reserva tem 2,2 mil hectares de área preservada. Foto: Instituto Últimos Refúgios

Reserva tem 2,2 mil hectares de área preservada. Foto: Instituto Últimos Refúgios

Uma nova área de conservação da Mata Atlântica no Estado será aberta à visitação a partir de 14 de dezembro. A Reserva Ambiental Águia Branca, localizada no município de Vargem Alta, fica entre os parques estaduais de Forno Grande e de Pedra Azul, na região de montanhas do Espírito Santo.

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Criada há dois anos, a reserva ambiental ocupa uma área de 2,2 mil hectares e conta com 396 espécies de flora e 357 espécies de aves, algumas ameaçadas de extinção.

Observação de pássaros é uma das ações que serão executadas pelo espaço. Foto: Instituto Últimos Refúgios

Observação de pássaros é uma das ações que serão executadas pelo espaço. Foto: Instituto Últimos Refúgios

O espaço de conservação está sendo preparado para receber visitantes com ações de educação ambiental, eventos culturais, observação de pássaros, pesquisas científicas e opções de lazer para os visitantes, com trilhas que poderão ser feitas a pé ou de bicicleta. O local ainda contará com parquinho e jardins, além de lanchonete e loja de souvenires.

Inicialmente, serão abertas duas trilhas, e os passeios serão conduzidos por guias da reserva, com a capacidade de 20 pessoas por turma. Já as ações de educação ambiental terão início em 2020, incluindo a capacitação de professores.

A estrutura da reserva inclui também um espaço para recepção de visitantes e reuniões, além de um auditório com capacidade para 80 pessoas, painéis expositivos sobre a reserva, realidade virtual, TV, banheiros e coffee break, podendo também ser usado para eventos, mediante disponibilidade para locação.

A unidade vai ajudar a preservar mais de 800 espécies de plantas e animais. Foto: Instituto Últimos Refúgios

A unidade vai ajudar a preservar mais de 800 espécies de plantas e animais. Foto: Instituto Últimos Refúgios

Preservação ambiental

A Reserva Ambiental Águia Branca é uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), unidade de conservação privada, criada com o objetivo de preservada a diversidade e conectar as Unidades de Conservação de Forno Grande e Pedra Azul.

Com 91% da cobertura vegetal formada por florestas primárias ou em estágios avançados de regeneração, a reserva abriga nascentes e cursos hídricos que integram a bacia do rio Itapemirim. Além disso, a unidade vai ajudar a preservar mais de 800 espécies de plantas e animais.

De acordo com o presidente do Grupo Águia Branca, Renan Chieppe, o espaço será um importante legado para as futuras gerações. “Por meio da Reserva, firmamos um compromisso com o futuro e estamos extremamente felizes pela oportunidade de compartilhar essa área belíssima, que temos orgulho de cuidar enquanto promovemos a reconexão das pessoas com a natureza”.

A reserva funcionará de quarta a domingo e o agendamento de trilhas e visitas será pelo telefone (27) 99942-0474.

Ações de educação ambiental terão início em 2020. Foto: Instituto Últimos Refúgios

Ações de educação ambiental terão início em 2020. Foto: Instituto Últimos Refúgios

Biodiversidade do local será registrada em livro

Mesmo antes da abertura ao público, a Reserva Ambiental Águia Branca já está atraindo a atenção de pesquisadores. Entre os meses de outubro e novembro, o local recebeu a expedição de busca e registro de animais nativos que irão compor o livro “Últimos Refúgios: do Parque de Pedra Azul ao Parque de Forno Grande”.

A obra, que está sendo produzida pelo Instituto Últimos Refúgios, será lançada no 2º semestre de 2020, e trará fotografias inéditas do Corredor Ecológico (Reserva Ambiental Águia Branca e os parques estaduais de Forno Grande e de Pedra Azul). Segundo o fotógrafo de natureza e presidente do Instituto Últimos Refúgios, Leonardo Merçon, a unidade de conservação abriga várias espécies da Mata Atlântica e sua criação vai contribuir para a conservação da área.

“Durante a expedição, encontramos espécies super sensíveis, como a saíra apunhalada, pássaro que já foi considerado extinto no país, mas reapareceu na região da reserva e precisa ser preservada”, explica.