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Campanha alerta para síndrome de ansiedade de separação em cães

A campanha visa evitar problemas e desconforto para a família e vizinhos, além de fortalecer o vínculo entre tutores e animais de estimação

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Cachorro. Foto: Pixabay

Cachorro. Foto: Pixabay

A Prefeitura de Vitória lançou uma campanha para conscientizar sobre a ansiedade de separação em cães. A iniciativa faz parte de um projeto de educação ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A ansiedade de separação é comum em cães e pode levar ao abandono. A campanha visa evitar problemas e desconforto para a família e vizinhos, além de fortalecer o vínculo entre tutores e animais de estimação.

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Quando os cães são deixados sozinhos por longos períodos, podem desenvolver comportamentos considerados “desagradáveis” como resultado da angústia de estarem separados de seus tutores. Esses comportamentos manifestam-se principalmente quando os cães estão em casa sem a presença dos seus vínculos afetivos.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Tarcísio Föeger, ressalta a importância de abordar esse tema e destaca que a ansiedade de separação é uma das principais causas de abandono de animais. Além de trazer problemas e desconfortos para a família e vizinhos, essa situação pode levar à frustração e rompimento dos laços afetivos com o animal de estimação.

A campanha “Cães e a Solidão: Cuidado Responsável” tem como objetivo despertar a empatia e a conscientização entre os tutores de cães, promovendo ações que ajudem a minimizar a ansiedade de separação. Através da divulgação de informações e dicas práticas nas redes sociais, a iniciativa busca incentivar o enriquecimento ambiental, a interação social e a adoção de medidas que proporcionem bem-estar aos animais, mesmo quando estão sozinhos em casa.

Com essa campanha inovadora, a Prefeitura de Vitória espera promover a guarda responsável e o cuidado adequado aos animais de estimação, fortalecendo os laços afetivos entre tutores e cães, e contribuindo para uma convivência harmoniosa na comunidade.

SINTOMAS

Latidos, choros e uivos quando estão sozinhos, bem como comportamento destrutivo, principalmente perto de portas e janelas, ou objetos que lembrem o tutor, como sapatos, almofadas, óculos, estão entre os sintomas mais frequentes apresentados pelos cães que desenvolvem a síndrome.

Ainda fazem parte dos sintomas a automutilação, como lamber-se ou coçar-se excessivamente, chegando a perder pelos ou a se ferir; salivação excessiva, respiração ofegante; e urina e fezes fora do local adequado, principalmente perto da porta ou nos locais onde o tutor costuma ficar, como cama ou sofá.

“Alguns cães desenvolvem depressão quando ficam sozinhos, o que é bastante difícil de identificar, já que não incomodam pessoas. Os animais, ainda, costumam permanecer quietos por todo o tempo, sem comer, beber ou até urinar e defecar”, apontou a subsecretária municipal de Qualidade Ambiental e Bem-Estar Animal, Cristiane Stem.

Segundo a médica veterinária da Semmam, Ana Ramos, cães com ansiedade de separação têm hiperapego ao seu tutor. “Eles procuram estar sempre perto, seguem-no por toda a casa e demonstram desconforto até se não podem acompanhá-lo ao banheiro”, alerta. “Ao vê-lo se arrumar para sair, procuram atrair sua atenção latindo, pegando objetos e até manifestando agressividade. Alguns, simplesmente, recolhem-se, como se houvessem levado uma bronca”, complementa.

COMO TRATAR

O tratamento para a ansiedade de separação é longo, podendo levar até um ano e envolve a combinação de terapia comportamental, manejo ambiental e medicamentos. O mais importante é o comprometimento do tutor, que precisa entender que não se trata de manha ou birra. “O cão desenvolve verdadeiros ataques de pânico, e precisa de apoio para voltar ao equilíbrio”, enfatiza a médica veterinária.

Ela enumera algumas ações que podem ajudar na mudança desse comportamento, como treinos de autocontrole, passeios para socialização e gasto de energia, mudanças na rotina de saída do tutor para evitar os “gatilhos”, enriquecimento ambiental, com recursos que promovam atividade mental e física, e antidepressivos são comumente utilizados, tudo sob acompanhamento médico veterinário.

“Não há cura para a ansiedade de separação, mas há controle. Se houver mudanças na rotina os sinais podem voltar, e nova etapa de tratamento deve ser instituída”, observa Ana Ramos.


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