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As startups e a revolução no mundo dos negócios

Empresas chegam ao mercado e mudam a forma de consumir e ofertar produtos e serviços. Confira duas histórias de sucesso no Espírito Santo

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Startups: a revolução dos negócios

Diogo Roberte, Anderson Chamon e Dárcio Stheling dirigem uma empresa que transformou a forma como lidamos com o dinheiro: o PicPay. Foto: Paulo Vitale/Divulgação

Você já parou para pensar em como pedia um carro para se deslocar pela cidade há cinco anos? E o delivery que se resumia a pizza? Muita coisa mudou de lá pra cá, e a maioria desses serviços está disponível por um smartphone. E é a partir dessas iniciativas inovadoras, envolvendo tecnologia e questionando os modos de fazer atual, que nascem as startups. Hoje, o Espírito Santo tem entre 80 e 90 startups, segundo Marcílio Riegert, executivo do MCI (Movimento Capixaba pela Inovação).

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Como é comum nestas empresas, duas startups capixabas nasceram a partir do uso da tecnologia para resolver um problema. O PicPay, por exemplo, surgiu da necessidade de um dos cofundadores ter uma carteira digital, já que andava sempre sem dinheiro.

“Aproveitamos uma oportunidade de usar tecnologia de smartphone para transformar como as pessoas lidam com dinheiro”, conta o diretor de tecnologia e produto Anderson Chamon.

Foram nove meses entre a ideia e o nascimento da primeira versão do PicPay. A consolidação do modelo foi a partir de muitos testes e até erros, outra característica do negócio.

Hoje, o aplicativo de pagamentos on-line tem 10 milhões de usuários, principalmente no Sudeste e em algumas regiões do Sul. Apesar de manter escritório em Vitória, a empresa tem nova sede em São Paulo, após receber mais aportes de fundos de investimento.

Tecnologia também no setor agropecuário

Da dificuldade no processo de pesagem do gado nas fazendas nasceu a Olho do Dono, uma startup capixaba que criou um software que utiliza inteligência artificial para identificar o peso do boi.

“As fazendas geralmente pesam o boi poucas vezes ao ano porque o caminho até o curral é estressante para animal. Foi a partir desse problema que tivemos a ideia de desenvolver o software usando uma câmera 3D, que pode ser posicionada no pasto, pesando o boi sem tirá-lo do ambiente dele”, explica o CEO, Pedro Henrique Mannato.

Foram quatro anos para desenvolver o produto, que já está pronto e em breve será lançado no mercado. Em novembro, a startup foi eleita a melhor da América Latina.

Estado vai acelerar 30 startups

Até o ano que vem, o estado vai selecionar 30 startups capixabas, nacionais e internacionais para um programa de aceleração com orçamento de R$ 5,5 milhões, chamado Seed/ES. Para participar do processo é necessário já ter um produto validado. Não pode estar na fase de ideia, mas no Produto Mínimo Viável — depois da encubação –, com um produto ou serviço pronto para despertar o interesse de algum cliente.

“Criar esse ambiente mais favorável ao desenvolvimento e surgimento das startups no estado é um desafio. O Seed ajudará a fomentar produtos rentáveis”, explica Gabriel Feitosa, assessor especial da Sedes (Secretaria de Estado de Desenvolvimento).

‘Start’ na ideia

E se você tem uma ideia inovadora e quer saber se tem potencial para ser desenvolvida, a Azys Inovação é uma aceleradora de startups que oferece consultoria desde o início da ideia, o que na maioria das vezes é feita pelas incubadoras.

Quando é viável, a aceleradora ajuda a desenvolver o produto e faz conexão com possíveis investidores, uma oportunidade para quem quer inovar mas não sabe por onde começar.

Entenda como funcionam as startups

O que são?

São empresas de base tecnológica com modelo inovador que pode ser replicado e escalável. Embora não se limite apenas a negócios digitais, uma startup precisa de inovação para não ser enquadrada em uma empresa de modelo tradicional.

Diferencial

Elas nascem pequenas, como microempresas, mas seu diferencial é ter base tecnológica e perfil de questionar o modo de fazer atual, voltando-se para a inovação

Trilha da inovação

Passa pela encubação e aceleração

Na primeira etapa, o trabalho é para se chegar ao MVP (Mínimo Produto Viável), que pode começar a ser experimentado em clientes. Nessa fase, o financiamento geralmente é custeado pelos investidores chamados “anjos”, muitas vezes amigos e parentes

A aceleração é uma fase mais estruturada, com plano de negócios e participação de fundos de investimento. Os modelos de aceleração têm sido mais rápido, de no máximo um ano até dar resultado.

A taxa de insucesso das startups ainda é alta, de 80%.